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Críticas

Crítica: Sonic - O Filme


Se existe uma indústria atualmente que seja um verdadeiro blockbuster é a dos games. Somente na década de 2010, os jogos tiveram o faturamento muito maior que o cinema e a música juntos. Isso não impede que alguns jogos de sucesso não se arrisquem na área do cinema. É mais ou menos esse caso com Sonic – O Filme, a primeira adaptação cinematográfica do ouriço azul super corredor, que foi criado nos anos 90 com o intuito de alavancar as vendas da desenvolvedora japonesa Sega.


Previsto para um lançamento meses depois do sucesso de Pokémon: Detetive Pikachu, a produção precisou tomar uma decisão bastante arriscada e adiar a data de estreia com o intuito de melhor a animação após a enxurrada de críticas negativas depois da divulgação do primeiro trailer. Sem grandes expectativas, a tal estratégia até que funcionou (apesar de ter dado um aumento no orçamento do filme).


A história segue então um Sonic perseguido por ter poderes precisa deixar seu planeta original. Para a fuga ele carrega anéis capazes de abrir portais para qualquer lugar, mas o pequeno resolve crescer escondido na pacata cidade de Green Hills, nos Estados Unidos.


Tom Wachowski (James Marsden) é o xerife da cidade. Ele tem ambições de se mudar com a esposa para São Francisco, onde talvez possa mostrar seu valor já que nada acontece em Green Hills. Por sua vez, o sentimento que move o exilado e hiperativo Sonic é seu medo de ficar solitário para sempre. Ele passa os seus dias brincando consigo mesmo e observando os habitantes da cidade sem que seja descoberto. No entanto, por um incidente Sonic se torna alvo do louco e poderoso cientista Dr. Robotnik (Jim Carrey) e precisa da ajuda de Tom para escapar.


Chega a ser curiosa a adição de um personagem adulto para ser o companheiro dessa primeira aventura, mas se formos analisar com uma outra visão, nada mais é que uma homenagem a todos os jogadores que cresceram jogando Sonic na década de 1990.


O longa é repleto de referências e propagandas ligadas a cultura pop, se formos comparar em termos de história entre esse e Detetive Pikachu, o ouriço acaba apresentando uma trama bem mais simples. Afinal, Sonic e Tom precisam apenas recuperar os anéis/portais numa jornada repleta de perseguições e explosões provocadas pelo lunático Robotnik. Mas é nessa simplicidade da trama que acaba construindo-se o ritmo para entreter e criar a empatia dos personagens com o público.


A interação entre Sonic e o personagem de James Marsden é totalmente cativante. É uma amizade que vai sendo construída e que quando nos damos conta estamos fascinados pela maneira que um cuida do outro. Enquanto isso, Jim Carrey volta em um grande papel e mesmo repetindo o que está acostumado, é dele os momentos mais divertidos, apesar de seu personagem acabar caindo muito no caricato.


Sonic – O Filme é uma grata surpresa entre as adaptações de games e certamente veremos ainda mais aventuras do ouriço azul e sua turma. É o tipo de filme que agrada a todas as idades e que quando acaba, principalmente para os mais velhos, fica a aquela vontade de jogar novamente os jogos.


Nota: 8.5/10

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