Você
provavelmente já assistiu a um filme onde a história principal juntasse
diversos tipos de estilos, comédia, drama, ação, suspense e assim por diante.
Todos sabem que isso é uma tarefa bastante difícil, já que nem sempre essa
utilização de todos os gêneros dentro de uma mesma história consegue encontrar
o tom correto, fora que existem algumas histórias que não tem como ter essa
grande diversidade porque o arco dramático é muito mais pesado. É bem nesse
ponto que Beleza Oculta, novo
longa-metragem do ator Will Smith acaba falhando.
Na história o empresário Howard (Will Smith) se
encontra em depressão em função de uma tragédia pessoal que viveu, por isso,
ele começa a escrever cartas para a Morte, o Tempo e o Amor. Sua atitude começa
a preocupar os “amigos”, é nesse momento que três atores contratados pelos
amigos representando a Morte (Helen Mirren), o Tempo (Jacob Latimore) e o Amor
(Keira Knightley) começam a interagir com Howard afim de ensina-lo o valor da
vida e assim o tirar do momento ruim que ele passa.
O
roteiro desenvolvido por Allan Loeb (de
Quebrando a Banca) tem muitos “problemas”, a começar pelo uso do humor em
uma história onde o protagonista está passando por uma tragédia pessoal, se a
intenção dele era suavizar o tema, ele acabou errando feio, já que isso ficou
totalmente fora de tom dentro da narrativa, além disso, Loeb optou por escolher
o tom fantástico, um caminho que sabemos que não era necessário para sua
história e por último, ele colocou as duas mãos, literalmente, na manipulação
dramática em forçar o choro do espectador.
Talvez
o tom cômico que encontramos no longa se justifique pela presença do diretor
David Frankel (do sucesso O Diabo veste
Prada) que tem em seu currículo um grande número de comédias, porém nem
mesmo ele com todo esse currículo conseguiu encontrar o tom certo para encaixar
as piadas dentro da história.
Se
existe um ponto positivo dentro do filme, é a sua escalação de elenco, repleto
de astros que dão o melhor de si para conseguir dar uma credibilidade em um
roteiro digno de uma novela mexicana. Will Smith (Eu Sou A Lenda) e Helen Mirren (A Rainha) merecem o destaque, o primeiro pela interpretação
introspectiva e emocional, que não víamos desde A Procura da Felicidade e a outra pelo brilho fora do comum em um
papel que poderia ser muito mais explorado.
Como
já foi dito, o roteiro acaba se tornando bastante superficial e se a intenção
era entregar algumas lições de vida para quem está assistindo, tudo que aparece
na tela é algo banal e forçado. É uma frase de autoajuda atrás da outra, não
existe uma naturalidade entre elas.
Beleza Oculta
tinha tudo para ser um grande filme, porém ele não é levado a sério e acaba nos
entregando uma história digna de um novelão mexicano. Você precisa estar
realmente disposto a comprar a ideia do filme para poder se emocionar, caso o
contrário serão longos 97min de uma sessão de autoajuda.
Nota:
5.5/10
Boa crítica. Porém, para mim foi uma história que vai além do clichê de auto-ajuda, pelo contrário, acho que foi uma história de drama muito criativa. que usou elementos inovadores. Também teve protagonistas sólidos e um roteiro diferente. Adorei este filme com Will Smith 2017 acho que ele é um dos atores mais reconhecidos de Hollywood que fazem uma grande atuação neste filme. Realmente o recomendo.
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