Em Exibição nos Cinemas

Críticas

Crítica: Maze Runner - A Cura Mortal


Quando o primeiro Jogos Vorazes estreou nos cinemas em 2012, muitos não acreditavam no poder daquela franquia e que ela conseguiria estabelecer um “padrão” para um tipo de público. Desde a estreia do longa estrelado por Jennifer Lawrence, já tivemos boas produções, como Maze Runner e as sequências de Jogos Vorazes, como também tivemos aquelas produções bastante duvidosas como a série fracassada de Divergente e o quase esquecido O Doador de Memórias. Com o final de Jogos Vorazes e Divergente (cujo o último filme foi cancelado), Maze Runner se manteve como uma esperança para fechar o ciclo das distopias juvenis e apesar da espera de quase dois anos entre o segundo e este terceiro filme, A Cura Mortal é uma grata surpresa para os fãs da série.


O filme continua no exato ponto em que A Prova de Fogo nos deixou. Thomas Dylan O’Brien) está à procura de Minho (Ki Hong Lee), que foi capturado pela C.R.U.E.L. Ao lado de Newt (Thomas Brodie-Sangster), Brenda (Rosa Salazar), Caçarola (Dexter Darden) e Jorge (Giancarlo Esposito), ele está dispoto a evitar que o sangue do amigo seja usado. A possibilidade de encontrar a cura para o Fulgor os motiva a ir direto para o centro de tudo. A pequena possibilidade de encontrar Teresa (Kaya Scodelario) novamente faz com que Thomas não pense duas vezes em suas ações.


Sabemos o que está por vir só nos primeiro dez minutos de filme. Com uma cena inicial de tirar o fôlego, ela praticamente abre as portas para essa jornada do grupo e também para todos os problemas que virão a seguir para estes mesmos. Não se espantem se lembrarem de Velozes e Furiosos ao verem o contêiner sendo içado por um helicóptero e atiradores míopes, tudo corrobora para o gran finale do momento.  Essas situações acabam sendo repetidas muitas vezes durante todo o filme e por diversas vezes elas podem parecer um tanto quanto parecidas, umas com as outras. São perseguições, fugas e diversas explosões, até o momento em que o grupo consegue chegar no centro da C.R.U.E.L e é exatamente nesse momento em que Thomas acaba descobrindo que existe algo muito pior do que ele imagina. Os planos de Ava (Patricia Clarkson) demonstram ser muito piores que ele poderia imaginar.


Comparando com os outros dois filmes da franquia, o nível de dramaticidade aqui está muito maior e isso acabou exigindo muito do elenco, onde nem todos conseguem se sair muito bem. Ao mesmo tempo em que estamos acompanhando a busca por Minho e também pelas respostas de tudo que está acontecendo, os personagens vão desenvolvendo e apresentando os seus problemas pessoais. O relacionamento entre Thomas e Teresa é digno de uma novela mexicana, onde tudo da errado para o casal principal e principalmente, a química entre Scodelario e O’Brien não é das melhores. Porém essa carga dramática, acaba proporcionando que outros personagens consigam se sobressair, como é o caso do Newt, que finalmente mostra para o que veio.


O elenco feminino do filme acaba não se sobressaindo tão bem, quanto poderiam. Brenda acaba nunca tendo a chance de evoluir dentro da trama, a culpa não é da atriz e sim do roteiro que não dá uma oportunidade para a personagem. Já Teresa, parece funcionar apenas nas sequências ao lado do Thomas. Diferente do elenco feminino, o time masculino está muito bem representado por Dylan O’Brien, que novamente prova ser um dos grandes nomes dessa nova geração e carrega a franquia inteira nas costas e finalmente, Thomas Brodie-Sangster, consegue ter uma grande atuação principalmente nos minutos finais, que valem toda a sua participação na franquia.


Porém se formos analisar os nossos vilões, esses sim, são as piores coisas do filme inteiro. Quando descobrimos quem realmente é o vilão verdadeiro, acaba que logo na outra sequência. A personagem de Patricia Clarkson, Ava é apresentada desde o começo como a grande responsável por todas as crueldades que acontecem com o grupo, porém mudar tudo isso nos minutos finais e resolver tudo isso de uma forma um tanto quanto não convincente, dá aquela sensação estranha. Nem mesmo o personagem de Aindan Gillen consegue se sobressair no longa, Janson é um personagem que em momento algum consegue nos convencer de suas ações. Ou seja, o elenco adulto comparado com o elenco jovem, acaba sendo meros coadjuvantes.


A direção de Wes Ball, que comanda a franquia desde o primeiro filme, consegue se mostrar muito preciso nas sequências de ação, onde são muito bem executadas e realmente são capazes de tirar o fôlego. O destaque fica por conta dos minutos finais, onde praticamente ficamos sem tirar os olhos da tela.


Maze Runner: A Cura Mortal traz um final digno para a franquia, com um filme recheado de cenas de ação e revelações surpreendentes.


Nota: 8.5/10

About Marcelo Rodrigues

0 Comments:

Postar um comentário

Em Breve nos Cinemas

Tecnologia do Blogger.