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Crítica: A Hora da sua Morte


Hoje em dia existem aplicativos de celular para tudo. Mas e agora, já pararam para pensar se existisse um capaz de prever a sua morte? Você instalaria? O que realmente você faria se descobrisse que faltam poucos dias ou minutos para sua partida? Mudaria o futuro? É no meio desses tantos “e se” que acontece a premissa de A Hora da sua Morte, longa-metragem de terror que chegou tardiamente no Brasil na última semana.


Após uma breve introdução ao universo onde esse app existe e ao que ele é capaz de provocar, a protagonista Quinn Harris (Elizabeth Lail) é apresentada. Ela trabalha como uma enfermeira recentemente habilitada num hospital norte-americano. A moça logo fica ciente do tal software por um atormentado paciente que está à beira de comprovar que o sobrenatural existe de fato. Antes fosse o suposto aplicativo maligno o único dos problemas da personagem. Além dos estranhos fatos que começam a acontecer depois que ela o instala em seu celular, a enfermeira também precisa lidar com um médico assediador e o luto pelo falecimento da mãe.


Sem muito rodeios, a tensão que é criada nos momentos iniciais pelas cenas sobrenaturais consegue ser eficaz apenas ali. O arrepio do espectador acontece sem grandes sustos, principalmente nos momentos que antecedem a morte inevitável de algum personagem. Porém, a direção do estreante Justin Dec usa toda a sua inspiração logo no começo e o filme começa a descer ladeira abaixo de uma maneira tão vergonhosa, que dá até pena.


Toda aquela originalidade que tínhamos no começo do filme logo acaba e o que a produção decide fazer é quase que uma mistura de O Chamado (pelo motivo da nossa protagonista querer investigar o sobrenatural e tentar achar uma maneira de quebrar a maldição) e Premonição (por conta das cenas de mortes mirabolantes e das tentativas de escaparem delas). Em certo momento da história acaba surgindo até mesmo uma mitologia demoníaca, que acaba se apoiando nas piores referências do gênero.


A maioria dos atores coadjuvantes que se encontram presente estão ali para tentar fazer o alívio cômico do filme enquanto outros para tentar acertar o drama, e a história que já estava desandando acaba afundando ainda mais com essas participações. Nem mesmo a atriz, Elizabeth Lili (da aclamada You) consegue entender ao certo em que tipo de filme ela se encontra, pois a péssima direção e roteiro não ajudam em momento algum.


A Hora da sua Morte chegou tão tarde nos cinemas nacionais que nem deveriam ter lançado essa bomba e mandado direto para o streaming. Com uma história rasa e personagens esquecíveis, esse filme certamente vai ser deletando da sua memória assim que acabar.


Nota: 3.0/10

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