O gênero Ficção Científica é sempre relacionado as grandes especulações sobre como será o futuro, a ciência e também a tecnologia e seus impactos/consequências na sociedade. Agora e se essa proposta fosse focada em apenas uma pessoa, mas usando todos esses conceitos acima em prol de uma análise sobre o ser humano, através de uma série de metáforas e fazendo com que os espectadores reflitam sobre a vida e seus propósitos? É mais ou menos isso que encontramos em Ad Astra – Rumo às Estrelas, um filme que pode empolgar alguns por conta de sua proposta ousada e diferente, mas que também pode decepcionar por conta dos erros.
Um homem viaja pelo
interior de um sistema solar sem lei para encontrar seu pai desaparecido – um
cientista renegado que representa uma ameaça à humanidade.
Esqueça sobre a ameaça a
terra e seus habitantes, aqui o foco principal está na relação entre pai (Tommy
Lee Jones) e filho (Brad Pitt), ou seja, se você for assistir esse filme por
conta dos efeitos especiais (que até é bem produzido) ou pela aventura em um
planeta distante, você pode ir tirando o cavalinho da chuva, o foco aqui é
totalmente outro e o espaço serve apenas como um plano de fundo bem reflexivo.
A direção de James
Gray é bastante interessante e acaba utilizando das cores para mostrar o estado
emocional do nosso protagonista, onde varia de uma fotografia azulada até um
tom avermelhado, algo que a Academia do Oscar prestigia bastante. Além disso,
Gray vai construindo gradativamente a personalidade do heróis, utilizando flashbacks
para preencher algumas lacunas, fazendo assim com que a gente se importe com
ele e torça a seu favor. Outro destaque é que o longa possui belíssimas tomadas
do espaço e algumas cenas que conseguimos captar todas as emoções do personagem
de Pitt.
O roteiro
desenvolvido por Gray e em parceria com Ethan Gross revela apresenta o futuro
do planeta de uma maneira bastante crítica, fazendo um contraponto bem
interessante sobre a interação do homem com o próprio planeta. Só que nem tudo
aqui é perfeito.
As cenas de ação em
momento algum conseguem empolgar a plateia, o ritmo do longa é bem gradativo,
ou seja, ele se arrasta em diversos momentos. Além disso, o filme acaba
cometendo alguns erros científicos que se fosse na vida real: Ou o personagem
de Pitt já estaria morto ou a própria raça humana já estaria exterminada.
Todas as atuações
estão muito boas, porém o filme é do Brad Pitt. O ator consegue evoluir a cada
cena durante o longa. Podemos até dizer que ele surja como um dos nomes na
categoria de Melhor Ator no próximo Oscar.
Ad Astra – Rumo às
Estrelas é uma boa ficção, com
ótimas atuações de Pitt e Jones, além de uma direção bastante segura de Gray.
Porém os tropeços que comete em certos momentos podem atrapalhar o resultado
final.
Nota: 7.5/10
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