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Crítica: X-men - Fênix Negra


A Saga da Fênix Negra é sem sombra de dúvidas uma das mais emblemáticas HQ’S dos X-Men. Assinada por Chris Claremont e John Byrn, esse é um dos arcos que marca um ponto de virada nas aventuras dos mutantes e também em toda a Marvel. Apesar de ter uma trama bastante clássica e um elenco de peso, X-Men: Fênix Negra, filme que encerra de vez a fase dos mutantes na era Fox, consegue nos entregar um produto bastante inferior ao material original.


A trama tem inicio quando Grey, junto dos outros X-Men, vai ao espaço para salvar uma tripulação da NASA que está com problemas. Enquanto a missão de resgate está acontecendo, Jean Grey acaba absorvendo uma estranha e poderosa energia cósmica na intenção de salvar seus companheiros.


De volta à Terra, os mutantes acabam tendo que lidar com o novo eu de Grey. O problema é que ela coloca a segurança de todos em risco.


A direção de Simon Kiberg não mediu esforços nos efeitos especiais, que é de longe o principal ponto positivo do longa inteiro. É bem caprichado, feito com todo carinho, principalmente para os fãs. Ao longo do filme, os efeitos vão surpreendendo bastante, principalmente nas cenas que envolvem a Jean Grey, realmente conseguem impressionar. As cenas de luta que o filme nos apresenta realmente são muito boas, fazem o público ficar tenso e apreensivos, para saber qual o desfecho do embate.

Sobre as atuações existem dois pontos a destacar, os que realmente conseguem se sair bem e aqueles que estão quase passando vergonha alheia. Nicolas Holt e Michael Fassbender conseguem ter o melhor desempenho em tela, principalmente Holt, com o arco do seu personagem. Fassbender, que aqui, é quase um convidado especial, tem seus momentos, principalmente quando se aproxima do final. Quem também se sai bem é a atriz Alexandra Shipp, intérprete da Tempestade, consegue até ter seus momentos em tela.


Agora o time da vergonha alheia acaba ganhando disparado. A começar pela nossa protagonista, Sophie Turner, a jovem atriz infelizmente não consegue segurar toda a carga dramática e profunda que a personagem precisa. Em diversos momentos, Turner parece uma adolescente birrenta e mimada. Quem também faz feio é a veterana Jessica Chastain, que é a grande vilã do filme, porém quando ela está em cena, parece ser uma personagem saída de alguma novela, de tão caricata que é. Sobre a Mística de Jennifer Lawrence, bem nem me dou o atrevimento de falar, apesar de gostar muito de Lawrence, nesse filme aqui a atriz mostra toda a sua insatisfação em interpretar a personagem. 


Na ala masculina, os jovens Evan Peters, Tye Sheridan e Kodi Smit-McPhee conseguem segurar seus personagens, porém Peters acaba sendo esquecido do meio pro fim do longa, enquanto Kodi consegue entregar algumas cenas boas e Tye faz de seu Scott, um personagem, literalmente um adolescente imbecil que só quer proteger a amada. James McAvoy está de longe em seu pior momento em toda essa nova franquia, o Professor Charles Xavier está insuportável, que em certos momentos o público vai querer mandar ele longe.


A saga dos X-men acaba quase caminhando para o mesmo caminho de Quarteto Fantástico, com um único diferencial que na franquia do Quarteto, nenhum filme foi bem aceito pelo público e pela crítica. Os X-men tiveram filmes bons, alguns medianos, porém esse aqui consegue estragar ainda mais, depois de Apocalipse.


X-men: Fênix Negra é aquele tipo de filme que se tem ingresso para nada mais, você vai assisti-lo, caso o contrário é a última opção na sua lista. A narrativa é boa, porém corrida e repetitiva demais. Uma pena os mutantes terem um desfecho tão medíocre, quem sabe agora na Disney eles ganhem uma visibilidade melhor.


Nota: 5.5/10

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