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Críticas

Crítica: Espírito Jovem


Histórias de jovens buscando seus sonhos sempre acabam rendendo boas ou às vezes más produções cinematográficas. A mais nova recente produção a arriscar esse tipo de narrativa é Espírito Jovem, que já está em cartaz nos cinemas nacionais.


Uma tímida jovem de uma ilha isolada no interior do Reino Unido sonha em se tornar uma cantora Pop. Quando a chance de seguir seu sonho surge, a jovem, por conta de sua família polonesa e de sua mãe conservadora, acaba formando uma amizade improvável com um cantor de ópera amargurado que decide ajudá-la a ganhar o concurso de música mais importante do país.


Max Minghella (A Rede Social e The Handmaid’s Tale) faz sua estreia como diretor e mesmo não sendo muito inovador, sua direção consegue ser bastante consistente dentro da proposta do filme. Talvez a maior falha que vamos encontrar aqui seja no próprio roteiro, que também é assinado por ele. Por ter uma história bastante explorada dentro do cinema, alguns elementos bem básicos deveriam ter sido mais aprimorados para quem sabe o longa ganhar uma força comparado aos demais, principalmente no desenvolvimento do restante dos personagens, com exceção de Vlad e Violet. A transformação da mãe da protagonista no decorrer do filme, o interesse amoroso da banda de apoio de Violet e até a personalidade duvidosa de Jules (Rebecca Hall) são fatores que bem pouco explorados dentro da narrativa.


O próprio diretor acaba caindo em sua própria armadilha, pois no começo do filme a presença de Vlad é necessária para que Violet consiga avançar no concurso, por conta dela ser menor de idade. Porém no terceiro ato, o diretor acaba criando um drama sobre ela assinar ou não um contrato, sem que nenhum responsável presente, ou seja, acaba anulando aquilo que foi proposto lá no começo. Mas mesmo o roteiro ficando no básico, ele consegue criar laços entre a protagonista e o espectador que está assistindo.


As apresentações de Violet são o grande ponto chave do filme e conseguem se sustentar ao longo de toda a sua duração. O talento de Elle Fanning somado a sua capacidade vocal, conseguem dar um tom a mais na narrativa e tornar o longa mais interessante.


Espírito Jovem é uma boa escolha para um dia chuvoso ou para quando não temos nada para assistir. Mesmo com alguns deslizes, o filme de estreia de Max Minghella na direção é cativante e reforça ainda mais a velha história de nunca desistir de seus sonhos.


Nota: 7.0/10

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