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Crítica: Uma Aventura Lego 2


Cinco anos se passaram desde o lançamento de Uma Aventura Lego, filme que acabou superando todas as expectativas e indo muito mais que um comercial de brinquedos de 1h30 com personagens cativantes. Porém com a chegada de Uma Aventura Lego 2 nos mostra que nem tudo nesse universo é tão incrível.


“Uma Aventura Lego 2” começa exatamente do ponto em que o primeiro acabou, seguindo a invasão das peças Duplo, Blocópolis tornou-se um lugar desolado e agressivo, chamado agora de Apocalipsópolis, bem no clima de “Mad Max”. Lucy “Megaestilo” (Elizabeth Banks / Priscila Amorim) não tem problemas em se adaptar, enquanto Emmet (Chris Pratt / Renan Freitas) continua o mesmo ingênuo otimista de sempre. Mas o mundo deixou de ser gentil com os de coração mole, e a pressão para se tornar mais “durão” abala o relacionamento entre Emmet e Lucy. Para piorar a situação, os Duplos invadem e sequestram Lucy, assim como Batman (Will Arnett / Duda Ribeiro), Benny o Astronauta (Charlie Day / Léo Martins), Barba de Ferro (Nick Offerman / Jorge Vasconcellos) e Princesa Unigata (Alison Brie / Marisa Leal), levando-os até o Sistema Maná.


Para quem assistiu o primeiro filme, sabe que a história do longa é parte da imaginação do menino Finn (Jadon Sand/ André Luiz Marcondes) e sua relação com seu pai e as peças de lego. Agora nessa segunda parte o universo acaba sendo expandido para o Sistema Maná, que nada mais é que o quarto da irmãzinha de Finn, Bianca (Brooklyn Prince). Então basicamente a trama apresenta dois universos: Apocalipsópolis, que nada mais é que uma manifestação dos pensamentos do adolescente que não gosta mais das coisas coloridas, enquanto que o Sistema Maná é a representação do lúdico infantil.


Enquanto que o primeiro filme foi comandado pelos diretores Phil Lord e Christopher Miller, esse segundo filme é comandado por Mike Mitchell, porém os dois continuam presentes no filme pois é deles o roteiro. A comédia acaba sendo deixada de lado e também as limitações dos bonecos, e agora o foco é muito maior na metalinguagem, ou seja, o encanto da aventura Lego é simplesmente deixado de lado e descartada.


Um outro ponto que acaba deixando a desejar é a utilização de trocadilhos para os nomes. Mesmo a dublagem brasileira estando acima da média, muitos nomes acabam soando forçados demais e parece que tudo é feito para tentar arrancar risadas fáceis da plateia.


O roteiro acaba apostando em muitas piadas e referencias de Hollywood que somente o público adulto vai acabar sacando.


Uma Aventura Lego 2 peca pela falta de criatividade, porém em momento algum chega aos pés do insosso Lego: Ninjago, mas também não se compara ao excelente Lego Batman. Vai cativar o público mais novinho, para os mais velhos pode se tornar cansativo e repetitivo demais.


Nota: 5.5/10

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