Em Exibição nos Cinemas

Crítica: Escape Room


Não é preciso dizer que Jogos Mortais conquistou milhares de fãs lá em 2004, principalmente por sua trama mais mirabolante e inovadora (e também chocante por diversos momentos). Com o sucesso de público e crítica, a franquia rendeu ainda mais seis continuações, todas mais aterrorizantes e que acabaram aprofundaram ainda mais a história, além de inserir novos personagens, muito mais violência gráfica, porém a genialidade que existiu no primeiro filme, acabou se perdendo ao longo dos demais filmes. Passados 15 anos do primeiro filme, chega aos cinemas uma nova geração desse estilo de filme, Escape Room.


Seis estranhos recebem misteriosas caixas pretas com ingressos para uma sala de fuga imersiva, convite com a chance de ganhar muito dinheiro. Estando trancados em várias salas com condições extremas, eles descobrem os segredos por trás da sala de fuga e precisam lutar para sobreviver e encontrar uma saída.


O filme tem um inicio bastante promissor, principalmente por conta do roteiro que opta por apresentar alguns dos nossos personagens principais. Outro ponto forte é que aqui não existe aquela violência gratuita que existia em Jogos Mortais. Muito pelo contrário, Escape Room acaba optando muito mais nos momentos de tensão, do que propriamente no sangue. Os dois primeiros atos são muito bem construídos e possuem um ritmo muito ágil, onde você consegue sentir toda a angustia que os personagens estão vivendo.


Os cenários são muito bem elaborados e construídos. Cada sala parece ser surreal de tão criativa que são. A primeira sala e a sala invertida merecem toda a atenção do público. Os personagens apesar de estereotipados, conseguem cumprir muito a função deles. Como por exemplo, o personagem do ator Nik Dodani, que surge em tela como o responsável por apresentar e explicar para os demais (e para o público também) o que é um Escape Room.


Porém como nem tudo são flores, o terceiro ato é de longe o mais fraco, tudo por conta de uma reviravolta mirabolante, que acaba soando muito forçada e que acaba prejudicando um pouco o ritmo do filme. É nítido que o longa foi pensando para se tornar uma franquia, porém fica aquela dúvida: Será que se tivesse um final sólido sem ganchos, não poderia se tornar um novo clássico?


Escape Room é uma diversão de primeira, principalmente para quem curte filmes como Jogos Mortais ou aprecia um bom filme de suspense. Preparem a pipoca, corram pro cinema e que comecem os jogos.


Nota: 8.5/10

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