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Críticas

Crítica: Parque do Inferno


Parece até mentira, mas o gênero slasher realmente voltou à cena do cinema atual depois do estrondoso sucesso de A Morte te dá Parabéns. De lá pra cá tivemos gratas surpresas como o reboot de Halloween e eis que agora chega um menos ousado, porém divertido Parque do Inferno.


O filme conta a história de Natalie (Amy Forsyth) que volta a sua cidade natal para rever seus amigos e nesse dia, por ser Halloween, eles decidem ir visitar um parque inteirante chamado Hell Fest. No local, há diversas atrações assustadoras, incluindo pessoas fantasiadas de monstros circulando livremente, dessa forma, quando um psicopata começa a perseguir Natalie e o seu grupo, todos ignoram o perigo até que seja tarde demais.


Para quem assistiu ao trailer do filme, certamente percebeu que esse longa é basicamente um amontoado de referências de slashers dos anos 80 e 90, como Halloween, Pânico e até mesmo aqueles pouco lembrados como Pague para Entrar, Reze para Sair e Dia dos Namorados Macabro. Sendo assim, fica fácil entender que o roteiro basicamente vai seguir toda a cartilha desse gênero e em momento algum aproveita a oportunidade para inovar. É exatamente esse um dos problemas mais graves do filme, já que essa falta de ousadia acaba impedindo que o longa consiga ganhar um destaque maior no gênero e principalmente, se destacar entre os diversos filmes que seguem essa linha.



A nossa protagonista interpretada por Amy Forsyth é carismática, consegue cativar o público e de quebra consegue ter uma boa química com o restante do elenco, principalmente com a personagem da atriz Reign Edwards. Mas quem rouba a cena e não é por motivos de carisma, é a atriz Bex Taylor-Klaus, que interpreta uma jovem divertida até o extremo e que em diversos momentos consegue despertar a raiva do público. As três são o grande destaque do filme, enquanto seus respectivos pares românticos servem apenas para aumentar o número de vitimas desse serial killer.


O psicopata da vez não chega a ser marcante como os de filmes clássicos como Pânico e Halloween, porém ele é bastante misterioso e a máscara é bem macabra. As cenas de perseguição das vítimas é de causar uma certa tensão a ponto de torcermos que ocorra tudo certo, mesmo sabendo que não vai ser bem assim. O embate final não chega a ser o ápice que todos esperam, mas a maneira que ele ocorre e a decisão de empoderar a protagonista é um acerto.


A direção do estreante Gregory Plotkin é correta e as experiencias como editor dos filme Corra! e A morte te dá Parabéns acabaram ajudando o diretor a ganhar uma experiencia no gênero do terror. Plotkin sabe muito bem usar a ambientação do parque e criar um tom bem sombrio para aquele ambiente, além de mexer com a percepção dos nossos personagens e uma fotografia boa que destaca todo esse cenário macabro.


Parque do Inferno é um slasher divertido mesmo contando com alguns clichês bem ultrapassados, que vai entreter o público jovem. Não chega a assustar, mas a diversão vai ser garantia certa.

Nota: 6.0/10

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