Crítica: Operação Overlord

Mesmo o tempo avançando, o mundo não cansa de dizer que o nazismo foi um dos piores terrores da nossa história. Depois de tantos filmes de drama e guerra envolvendo esse período, eis que chegamos a um novo patamar com a estreia de Operação Overlord, uma mistura de filme de terror com guerra.

O filme narra a Operação norte-americana Overlord tenta avançar na França contra o exército alemão, no entanto, o avião que levava os soldados é atingido e eles caem num vilarejo que além de conter uma torre de transmissão, esconde um laboratório onde é feito experimentos “bizarros”. Mas quando os soldados sobreviventes tentam derrubar a torre se deparam com coisas assustadoras.

Um dos principais problemas desse filme encontra-se no roteiro desenvolvido por Billy Ray (Capitão Phillips) e Mark L. Smith (O Regresso), onde ambos acabam se sustentando nos principais clichês do gênero, além de apresentarem soluções nem um pouco criativas para fazer a trama avançar. Mas mesmo assim eles conseguem criar todo um conceito e transformar o clima em algo claustrofóbico, o que acaba sendo um diferencial diante aos demais filmes do gênero.

Um dos pontos positivos do filme é que ao mostrar o horror do nazismo temos como protagonista um negro, vivido pelo ator Jovan Adepo (Um Limite entre Nós). O ator faz uma composição de fácil identificação, porém em diversos momentos o seu personagem se torne chato. Mas o grande destaque fica pelo vilão interpretado pelo ator Pilou Asbæk (A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell) é um dos grandes acertos do filme e ele consegue te provocar raiva e torcer que todas as coisas de ruim aconteçam com ele.

A direção de Julius Avery (Sangue Jovem) consegue manter um equilíbrio entre o que é ficção e o que foi a realidade. Além disso, o diretor não poupa nenhum pouco nas cenas de violência e no sangue, são diversos momentos que você vai ser pego olhando para o lado.

Operação Overlord não é um dos melhores filmes do ano, porém ele consegue entreter aqueles que buscam um filme fora dos padrões que estão em cartaz atualmente. Diverte e cumpre bem o seu papel.