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Crítica: O Mistério do Relógio na Parede


Se você tem mais de vinte anos, certamente deve lembrar de filmes como Casper, Edward Mãos de Tesouras, A Família Addams e diversos outros filmes que marcaram uma geração quando eram exibidos na Sessão da Tarde. Todos esses filmes tinham algo em comum: uma pitada de suspense, uma dose gigante de magia e comédia. Uma receita que funcionou por todo os anos 80 e 90 e que fazia com que o público acreditasse nesse universo lúdico, ao mesmo tempo que trazia um certo temor.


De uns anos para cá foram poucas as obras que conseguiram de fato conseguiram seguir essa receita. Eis que em 2018 os olhos das crianças e dos adultos voltam a serem tomados de magia com a chegada de O Mistério do Relógio na Parede, que nos encanta com um universo repleto de magia e surpresas.


Na história deste filme, conhecemos o pequeno Lewis (Owen Vaccaro), um menino de apenas 10 anos, que acaba de perder os pais e vai morar com seu tio Jonathan Barnavelt (Jack Black). O que o jovem não tem ideia é que seu tio e a vizinha da casa ao lado, a senhora Zimmerman (Cate Blanchett), são, na verdade, feiticeiros.


Não vou entrar muito afundo na história, pois revelaria alguns spoilers, mas vale ressaltar logo de cara que O Mistério do Relógio na Parede é um belíssimo filme, que faz com que a gente queira estar dentro daquele universo de feitiços. Assim como Lewis é levado a essas novas descobertas, o público também é tomado de surpresa a cada situação que o roteiro vai entregando.


Com efeitos especiais bem produzidos e uma direção que acerta ao mostrar esse lado místico da casa do tio Jonathan, o filme consegue prender a nossa atenção do começo ao fim, além de claro que ele consegue nos entregar bons sustos.


Tudo funciona perfeitamente no filme, o roteiro e a direção consegue ter um dialogo fluido e que fazem a magia funcionar, porém é a direção de arte e a fotografia que fazem tudo isso acontecer. O capricho e os detalhes nos cenários, nos figurinos e na maquiagem tornam o resultado final impressionante. Com as escolhas certas na mistura das cores vivas e também nas penumbras, o clima de suspense que fica no ar se tona charmoso e muito convidativo.


Vale a pena ressaltar que as reviravoltas do roteiro não ficam presas a só um ambiente, somos levados a outros cenários dessa sinistra história. Não é um clima de terror, mas sim de magia, que certamente crianças e mais velhos vão se sentir convidados a participar desse universo.


A história é praticamente centrada em Lewis, o que por certas vezes torna o ritmo do filme um pouco maçante, já que o personagem é um tanto carente e suas ações são repetitivas. O ator mirim Owen Vaccaro não é nenhum pouco carismático, assim como seu personagem, e isso faz com que a gente fique um pouco impaciente para acompanhar as partes mais emocionantes do filme.


Mas quem rouba de fato o filme para eles é a dupla formada pelos atores Jack Black e Cate Blanchett, que conduzem a história de uma forma magistral e não deixam o script cair na monotonia.


O Mistério do Relógio na Parede é um filme encantador e que vai conquistar as futuras gerações, assim como aqueles filmes citados logo no inicio nos conquistaram. Chama a família, pegue a pipoca e embarque nesse universo cheio de magia.


Nota: 9.0/10

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