Para quem acompanhou a maioria dos filmes do universo de Invocação do
Mal, já deve estar familiarizado com uma personagem que esteve presente em
quase todos os longa-metragem, a entidade do mal chamada Valak . Eis que chegou
a hora de conhecermos sua história em A
Freira.
A história se passa na Romênia nos anos 50 do
século passado, em um convento de reclusão total. Nesse convento uma das
freiras comete suicídio e o Vaticano convoca o padre Burke (Demián Bichir) e a
noviça Irene (Taissa Farmiga) para investigar o que aconteceu no local. No
entanto, os dois com a ajuda de Frenchie (Jonas Bloquet) um comerciante local,
descobrem que entrar no convento é mais perigoso do que eles imaginavam, pois
lá existe uma força do mal que usa da forma de uma freira, para assim tentar
sair de lá e espalhar seu odeio, mas o trio tentará de tudo para manter esse
espírito maligno preso no convento.
O roteiro desenvolvido por Gary Duberman (de It: A Coisa) consegue
entregar o que a maioria do público busca nesse tipo de filme – uma história
clichê, porém com diversos momentos de sustos aleatórios, porém sem aquela
sensação de causar no público uma ameaça com o que está sendo contado em tela.
Além disso o roteiro do filme acaba tornando a história dessa personagem tão
marcante em algo simples e até certo ponto bem decepcionante diante a sua
grande presença.
Diante de um roteiro um tanto quanto sem criatividade, a direção de
Corin Hardy (de A Maldição da Floresta) acaba sendo conduzida de uma forma bem burocrática
e abusando dos clichês em cada cena, ou seja, tudo aquilo que já vimos em
filmes do gênero anteriormente estão presente aqui, como por exemplo: um local
sem iluminação e bastante degradante, uma neblina intensa, cemitérios abandonados
e personagens mais burros que vão atrás do perigo sem necessidade alguma.
Talvez o ponto mais decepcionante do longa inteiro seja o seu desfecho
final e ele pode causar uma certa frustração para os fãs da franquia.
Demian Bichir e Taissa Farmiga abusam de caras e bocas diante das câmeras
em praticamente todas as cenas. Farmiga não demonstra a mesma força e presença
que sua irmã, Vera Farmiga, tem nos filmes originais da franquia. Talvez o
grande destaque mesmo do filme em termos de atuação seja o francês Jonas
Bloquet (Elle) que acaba servindo de alivio cômico dentro do filme. Não duvide
que tenhamos algum spin-off do
personagem daqui a algum tempo.
A Freira entrega exatamente o
que os fãs do gênero esperam, porém, a falta de coragem do roteiro e da direção
de realizarem um filme realmente assustador, deixa aquela sensação de decepção
quando os créditos sobem.
Nota: 6.5/10
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