Crítica: O Homem Perfeito

Quando as roteiristas Tati Bernardi e Pátricia Corso escutaram uma história de “vingança” sobre uma mulher deixada pelo marido, resolveram escrever o roteiro de O Homem Perfeito, história essa que despertou a atenção do diretor Marcus Baldini e que agora traz às telas do cinema.

Diana (Luana Piovani), é uma mulher de 42 anos, bem-sucedida, e que acaba sendo deixada pelo marido (Marco Luque) do qual sempre exigia uma postura que ele não conseguia ter. Rodrigo, seu ex-marido é um artista que não se enquadra nos padrões sociais, ele a deixa para engatar um namoro com uma jovem bailarina de 23 anos, Diana ao saber da troca resolve se vingar e cria numa rede social um homem perfeito para tentar separar o casal.

Acho que a ideia do filme poderia até ser tida como genial, pois traz Luana Piovani em uma clara alusão ao longa estrelado pela própria, Mulher Invisível. Porém o discurso aqui empregado é tão superficial e chato, que torna meio que uma frustração.

Baldani mesmo tendo esse problema no roteiro, consegue criar uma narrativa envolvente e o texto consegue trazer algum divertimento pelas situações que ocorrem. Mas como estamos vivendo uma época onde é quase proibido fazer piada, existem situações que requeriam uma piada de um outro modo, só que acaba perdendo a graça por conta do politicamente correto.

O elenco podemos dizer que já estiveram em melhores papeis, porém todos aqui conseguem se sair bem. Talvez as únicas exceções sejam os atores Sergio Guizé e Eduardo Sterblitch, que acabam tendo uma atuação um tanto quanto exagerada ou até mesmo forçada em determinados momentos.

O Homem Perfeito pode não ser o melhor filme nacional desse ano, porém certamente vai fazer com que muitas mulheres se identifiquem e isso já um grande ponto. Certamente o público vai responder à altura, mas não esperem um grande filme, mas algo onde possa desligar o cérebro e aproveitar.

Nota:6.0/10