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Crítica: Meu Ex é um Espião


Mesclar os gêneros no cinema não é nenhuma novidade, alguns longas conseguem fazer esse feito com um equilíbrio perfeito, porém outros acabam errando na mão e no tom. Em Meu Ex é um Espião a mistura da comédia e da ação dá certo em meio a uma trama um pouco insonsa.


Audrey (Mila Kunis) está triste após ser dispensada pelo namorado Drew (Justin Theroux), através de uma mensagem de celular. O que ela não sabia é que o ex-namorado é na verdade um agente secreto, que está sendo perseguido devido ao fato dele guardar um pen drive com informações sigilosas. Amparada pela sua melhor amiga Morgan (Kate McKinnon), Audrey é surpreendida com o reaparecimento de Drew, o que ocasiona a entrada das amigas no mundo da espionagem, mesmo sem querer.


O roteiro desenvolvido pela também diretor Susanna Fogel (Parceiras Eternas) consegue se sustentar basicamente por suas cenas de ação, que ocorrem uma atrás da outra e pelo texto cômico feito especialmente para a dupla brilhante de protagonistas, principalmente Kate McKinnon (Perfeita para Você) que mesmo sendo uma coadjuvante consegue roubar o filme pra si.


A trama até certo ponto é boba e totalmente clichê dentro do gênero da espionagem, porém o que torna refrescante e traz uma cara de novo é o capricho nas cenas de ação, que por sinal não deixam a desejar nenhum pouco as cenas de Missão Impossível, e por conta do já comentado timing cômico perfeito das piadas.


Podemos destacar o aspecto técnico do longa, que por ser um filme de alto orçamento a direção de Fogel consegue chegar a resultados bem interessantes, principalmente na direção de arte, fotografia, trilha sonora e o som, todos à serviço da narrativa.


Mas como nada é perfeito, podemos citar algumas escolhas erradas, a começar pelo protagonismo dado a Mila Kunis (Amizade Colorida), que por mais que seja uma excelente atriz, Kunis acaba ficando somente na sombra da atuação de sua companheira de cena, Kate McKinnon. Outro equivoco que por diversas vezes o filme não sabe escolher o tom certo para entregar a plateia, ora se leva a sério demais e ora é bobo demais.


Mesmo com esses deslizes, Meu Ex é um Espião traz um frescor a esse gênero até então dominado pelos homens. Aqui temos duas protagonistas e uma diretora assumindo esse universo e elas conseguem nos entregar uma diversão que a tempos não tínhamos.


Nota: 8.5/10

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