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Crítica: Slender Man - Pesadelo sem Rosto



A indústria do terror volta e meia decide apresentar algumas produções bastante duvidosas e que sabemos que foram feitas exclusivamente para tentar alguma bilheteria entre o público mais jovem. Eis que a mais nova tentativa dos estúdios é apostar na figura emblemática da internet, o Slender Man e o que acabamos encontrando é mais um filme para a lista dos piores do ano.


Quatro amigas ouvem falar de um monstro chamado Slender Man e (inteligentemente) decidem invocá-lo através de um vídeo na Internet. A brincadeira se transforma num perigo real quando todas começam a ter pesadelos e visões do homem sem rosto. Uma das amigas desaparece misteriosamente e cabe às três amigas fazerem a sua própria busca, enfrentando a criatura.


O roteiro desenvolvido por David Birke (do aclamado Elle) é simplesmente decepcionante em todos os sentidos. A narrativa é simples, o primeiro ato é extremamente chato e arrastado, além de não nos levar a lugar algum e principalmente não desenvolve nenhum personagem a fundo. Além disso o roteiro por diversas vezes apresenta alguns furos que ficam nítidos que havia algo ali, mas como todos sabem por decisão da Sony as cenas mais violentas foram excluídas do corte final. As cenas são desastrosas e pavorosas, personagens surgem e desaparecem como se fosse mágica e algumas cenas são totalmente sem nexo algum.


A edição do filme parece ter sido feita por uma criança descobrindo o editor de vídeo do computador, pois os efeitos são horríveis e mal executados e a maquiagem, até filmes feitos para a televisão conseguem se sair melhor. A direção até tenta inovar em algumas cenas, porém Sylvain White erra a mão na maioria delas. Em momento algum é construído um momento de tensão ou capaz de realmente assustar o público, além disso a fotografia é muito escura e prejudica ainda mais algumas cenas.


O elenco do filme até tenta se esforçar, mas com o roteiro que foi lhe entregue as nossas protagonistas não tem muito o que fazer. Joey King (do sucesso A Barraca do Beijo) consegue provar o que muitos já temiam, a jovem atriz não serve para esse tipo de gênero, depois de uma primeira tentativa desastrosa em 7 Desejos, aqui King consegue se sair pior. Sua personagem não tem carisma algum e não lembra em nada a atriz queridinha pelo sucesso da Netflix. Já o restante do elenco formado por Julia Goldani Telles (The Affair), Jaz Sinclair (Cidades de Papel) e Annalise Basso (Capitão Fantástico), bem podemos dizer que elas morreram literalmente, pois todas são péssimas.


Slender Man: Pesadelo sem Rosto já figura na lista dos piores filmes do ano e sem sombra de dúvida é o filme de terror que não funciona em nenhuma parte. Não dá medo, não causa tensão ou pavor, a única sensação que você vai ter é de alivio assim que os créditos começarem a subir.


Nota: 2.0/10

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