Sabe quando o título do filme acaba entregando toda a premissa de sua história, então em Vingança, assim que começa o filme já estamos sabendo que a trama se trata sobre...Vingança.
O longa que marca a estreia da diretora Coralie Farget na direção traz uma
velha estrutura já conhecida do público que assistiu a filmes de estupro e
vingança (literalmente), um subgênero que era muito comum na década de 70.
Aqui no thriller francês, somos apresentados a Jen (Matilda Lutz), uma
garota típica que mexe com o imaginário de qualquer homem, ou seja, uma espécie
de Lolita. Ela mantem uma relação com Richard, um empresário casado que a leva para uma casa
em meio à paisagem inóspita do deserto marroquino, onde o bonitão se reúne todo
ano para uma espécie de caçada com os amigos. A situação se complica com a
chegada antecipada de Dimitri e Stanley, os dois sócios de Richard, que já de
cara se sentem atraídos pela garota. Após ser estuprada, Jen é assassinada pelo
próprio amante e seus comparsas – bom, ao menos é o que eles acreditam. Jen
sobrevive à tentativa de homicídio e parte em uma busca frenética para se
vingar do trio.
Mesmo apresentando um roteiro um tanto quanto extenso, o que mais chama
a atenção em Vingança é a sua
cinematografia, em especial a sua fotografia que é basicamente munida por cores
vibrantes e uma trilha sonora que contribui bastante em sua narrativa. Outro
fato interessante é ver a evolução da nossa protagonista: o instinto de
vingança acaba transformando-a em uma verdadeira máquina de matar, impiedosa,
fria e calculista. A violência aqui não é poupada em nenhum momento e em
determinadas cenas chega a ser incomoda.
Vingança é um bom filme, mas
ao mesmo tempo é aquele produto que acaba passando despercebido pelo grande público.
Não vá achando que está prestes a ver uma grande obra-prima, mas certamente
você terá quase 2h de bons momentos de tensão e angustia.
Nota: 6.0/10
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