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Crítica: The Post - A Guerra Secreta


O cinema tem a capacidade de nos levar a lugares incríveis, mas quando ele resolve contar historias que de um certo modo transformaram o mundo, ou um país, acaba revelando-se uma verdadeira “arma” onde o seu conteúdo pode ser vista como uma arma para alertar as novas gerações sobre os erros que marcaram o passado. É exatamente isso que sentimos ao assistir o brilhante The Post – A Guerra Secreta, um longa necessário para um mundo atual onde a imprensa está sendo atacada constantemente.


A icônica Kat Grahan (Meryl Streep), uma dondoca que foi obrigada a administrar o jornal até então local, The Washington Post, após o falecimento de seu marido. Exatamente quando estava iniciando seu comando, se vê obrigada a decidir se revela ou não documentos secretos do governo dos Estados Unidos sobre a guerra do Vietnã.


O roteiro da estreante Liz Hannah e Josh Singer (do excelente Spotlight: Segredos Revelados) é simplesmente brilhante porque além de narrar com maestria essa importante e marcante história, eles consegue encontrar espaço para inserir diversos assuntos importantes dentro da trama, sem em momento algum deixar a trama arrastada ou longa demais. Temos a liberdade de imprensa, o poder da verdade em conflito com os interesses governamentais, até mesmo o empoderamento feminino é levantando na discussão, o comercial em conflito com o editorial de uma redação, além dos bastidores da investigação jornalística, tornando assim a obra uma verdadeira ode ao jornalismo.


Steven Spielberg , volta a ser aquele velho gênio do cinema e que a tempos os fãs esperavam, a lente aqui é usada como instrumento de narração e o seu posicionamento é todo pensado como um personagem e também para compor as personalidades deles.  A fotografia e a montagem também estão bastante inspiradíssimas, além da velha e clássica trilha sonora de John Williams, que transforma os momentos de suspense em verdadeiras angustias para o espectador, até chegar ao ápice final.


A escolha do elenco é simplesmente memorável, todos estão ótimos. Tom Hanks prova mais uma vez o seu talento e nos entrega um personagem arrogante e forte, porém é Meryl Streep que rouba o filme para si, principalmente porque a personagem passa por uma grande transformação durante o longa-metragem e toda a sua sutileza delicada é importante para a mudança. Existe uma cena em si, no terceiro ato, que é de ser aplaudida em pé.


The Post – A Guerra Secreta é uma aula de jornalismo, um filme mais que obrigatório para quem gosta de história e sétima arte.


Nota: 10/10

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