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Crítica: Sobrenatural - A Última Chave


Geralmente quando temos um ótimo filme de terror e ele acaba se transformando em uma franquia, o que acabamos encontrando nos demais capítulos são sequência bastante inferiores e completamente trash, afinal os produtores acreditam que é isso que faz sucesso entre o grande público. É exatamente isso que aconteceu com Sobrenatural, que após os dois primeiros filmes serão muito interessantes e que conseguiam realmente trazer algo para o gênero, nos entregou em 2015 e agora com esse último capítulo, dois filmes completamente vergonhosos.


Nesse quarto filme, a doutora Elise Rainier (Lin Shaye) é chamada para resolver o caso de assombração no Novo México, localizada justamente na casa em que ela viveu na infância.


A ideia de realizar um longa inteiro focado na origem da doutora poderia render um ótimo filme, porém o roteiro de Leigh Whannell  (do primeiro Sobrenatural) conseguiu fazer uma trama onde o principal objetivo acaba sendo criar cenas de sustos para a plateia, sem se quer se preocupar em desenvolver de uma maneira coerente a história que levou a personagem a se tornar essa grande doutora em casos espirituais. Fora que o alivio cômico que é apresentado aqui é completamente desnecessário e de um besteirol, que acabam prejudicando em diversos momentos a narrativa.


Existe uma reviravolta dentro da trama que podemos dizer que é “surpreendente”, mas sabe quando temos a sensação que aquilo poderia ter rendido algo muito maior se fosse bem desenvolvida.


A direção de Adam Robitel (A Possessão de Deborah Logan) consegue desenvolver bons momentos de tensão, mas sem nenhuma novidade ou algo que não tenhamos visto em algum outro tipo de filme do gênero. Até mesmo os sustos aqui são construídos de uma forma tão genérica e tão previsíveis que já sabemos o passo a passo para quando vai acontecer.


Na parte técnica o filme é muito genérico também, apresenta uma trilha sonora bastante invasiva e que acaba sempre antecipando algumas coisas, os efeitos aqui são péssimos, mas talvez tenha sido pensado propositadamente e talvez os únicos acertos aqui sejam a fotografia e a sua direção de arte aceitável. O elenco do filme é completamente inexpressivo e fraco.


Apesar de apresentar todos esses deslizes o filme vai agradar os fãs dessa franquia, ainda mais quando verem uma referência ao primeiro filme.


Sobrenatural: A Última Chave é um filme de terror como tantos outros que são lançados nos cinemas todos os anos, servindo apenas para dar sustos na plateia e nada mais.


Nota: 5.0/10

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