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Crítica: Stranger Things


Como cheguei ao final de Stranger Things 2, decidi fazer um post sobre a série de suspense, drama, ficção e terror, original da Netflix.

Uma das minhas maiores paixões é o vintage (coisas antigas: música, dança, moveis, carros, roupas...), a série já me ganha por aí. A história nos leva por uma viagem nostálgica, voltando aos anos 80 uma das décadas favoritas de nossos pais – eu nasci na década de 90, mas me encaixo um pouco (hahaha). Entretanto o ano exato não é mencionado na série, percebemos em duas cenas as datas. A primeira cena, o letreiro de um cinema exibe o título A chance, um filme estrelado por Tom Cruise lançada no ano de 1983 nos Estados Unidos. Em outro momento, vemos uma personagem comprando ingressos para uma exibição de Potergeist – O fenômeno, lançado em 1982, calma, a cena faz parte de um flashback e pode-se dizer que tenha ocorrido no ano anterior. Outra cena é a da escola Hawkins O baile de inverno de 1984, fora isso, notamos nos quartos dos garotos cartazes de filmes como: O Enigma de Outro Mundo (1982) e Evil Dead – A Morte do Demônio (1982). O que podemos garantir as muitas referências à cultura Pop do passado, isso não falta. Desde Atari ao vestuário, passando pelas músicas, quem da nossa geração não curte as músicas dos anos 80Se você curte vai se apaixonar pela produção da série assim como eu.


Muitos críticos consideram Stranger Things uma homenagem à época. Mas além disso a sua trama central, cria uma história com uma qualidade intrigante e assustadora. É um roteiro que se caracteriza muito com a década em que se passa o enredo.


Outras ligações também são muito encontradas aqui, como crianças protagonistas, uma cidadezinha, pitadas de ficção científica e o suspense a cada passo. A série acontece em Indiana, mais uma referência de homenagem à década. Começando com pura nostalgia nerd, quatro amigos jogam no porão da casa de um deles, o RPG Dungeons and Dragons. O líder Mike (Finn Wolfhard), o fofo e banguela Dustin (Gaten Matarazzo), do destemido Lucas (Caleb McLaughlin) e o simpático Will (Noah Schnapp). Eles são os novos Goonies e através dos olhos inocentes deles é que acompanhamos esta jornada. Após horas adentrado no mundo da fantasia do jogo, ao voltar para casa em sua bicicleta numa noite, o pequeno Will simplesmente desaparece. O ministério de sumiço é o que se desenvolve a série.


A pequena cidade, conhecida apenas pelo ataque de uma coruja, se mobiliza para encontrar Will. A mãe, interpretada por Winona Ryder, se enrola numa ideia de fé e loucura, quando afirma que se comunicou com o filho por intermédio das luzes da casa. Surgem ao mesmo tempo estranhos acontecimentos no local, entre eles o aparecimento de outra criança que possui dons sobrenaturais conhecida somente como Eleven (onze), papel de Millie Bobby Brown, a carismática atriz que ganhou o prêmio MTV Movie Awards – de melhor atuação em série de Tv. Todo o enredo pode estar ligado a base de pesquisa do governo que conduz experimentos comandados pelo Drº Brenner (Matthew Mondine).


Vamos conhecer um pouco da equipe de criação e produção da série. Criada pelos irmãos Duffer, que ainda são pouco conhecidos anunciam a chegada de mentes criativas. Uma observação rápida que com essa nova ideia da Netlix de produção Originais Netflix tem dado muita oportunidade aos profissionais do cinema e também não tem deixado os assinantes à espera de um filme no site. Junto aos irmãos Duffer, temos a presença de Shawn Levy (da trilogia Uma Noite no Museu), direcionando dois dos oitos capítulos, produzindo o projeto e fazendo o seu melhor na área do audiovisual. Na atuação, temos rostos familiares que são justamente dos anos 80. A desesperada e sofrida mãe Joyce Byers, protagonizada por Winona Ryder (Os Fantasmas se Divertem), considerada  a melhor atriz na sua geração e Matthew Modine (Nascido para Matar) interpreta o suspeito Drº Brenner.


Ainda existem subtramas de personagens, além do tema central, como a do fechado e duro xerife Hopper (David Harbour) e a perda da família, o triangulo amoroso adolescente entre a jovem certinha Nancy (Natalia Dyer), o popular e galanteador Steve Harringtin (Joey Keery) e esquisito Jonathan (Charlie heaton). Vamos considerar que essa trama de triângulo amoroso não pode faltar. É interessante a conexão que os roteiristas se esforçaram para ter entre as subtramas e as histórias dramáticas de cada personalidade.


Stranger Things é a dinâmica de comédia e suspense, incluindo o mistério a ser desvendado. Esses elementos são desenvolvidos harmonicamente, fazendo uma incógnita de qual parte citar como a mais trabalhada. Poderiamos dizer que a características dos anos 80 é a cereja do bolo, mas é mais que isso é o cabo de guerra que puxa toda a história, principalmente pelas falas sobre armas aos russos. A série tem flashbacks aos filmes (E.T, A Hora do Pesadelo, Super 8 e Halloween), segundo os irmãos Duffer usaram essas produções para a criação de um trailer para os produtores como base para o projeto. Os roteiristas assistiram outras produções como (Os Goonies, E.T., Conta ComigoO Enigma de Outro Mundo e A Hora do Pesadelo). Outra inspiração para a equipe são as obras do autor Stephen Kings. Muitos canais do Youtube citam esses filmes como analogias a série.


A trilha sonora é o componente que mais me atrai em qualquer série ou filme. Criada por Michael Stein e Kylo Dixon, são músicas que te emocionam, te recordam e te animam, principalmente no final da última temporada e de forma calma e bem desenvolvida, a série coloca seu ponto final. Ao mesmo tempo, deixando uma brecha para a próxima temporada.
Nota: 10/10

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