Todos
nós conhecemos a velha história de uma família que acaba se mudando para uma
casa meio isolada, que esconde histórias um tanto quanto sinistras em seu
passado? E que com a chegada dessa família, se desencadeia uma série de eventos
estranhos e sobrenaturais? Se você respondeu sim para todas essas perguntas,
muito provavelmente você já tenha visto um filme parecido com esse que estamos
falando. O novo longa da franquia Amityville: O Despertar é basicamente tudo isso,
porém com o diferencial que ele está dentro de uma franquia que vive sendo
revisitada anos após anos e sempre mantém seus longas todos conectados.
Nessa história Belle (Bella Thorne) e sua
família se mudam para uma nova casa, quando fenômenos estranhos começam a
ocorrer, Belle então começa a desconfiar que sua mãe escondeu algo dela,
principalmente o passado da nova casa.
O roteiro desenvolvido pelo também diretor do filme Franck Khalfoun (do
remake de O Maníaco) consegue ter seus acertos, porém o que mais caracteriza a
obra é os muitos equívocos que possuí. Os pontos em que ele acerta, podemos
considerar basicamente é que o roteiro sabe fazer de maneira orgânica uma
conexão entre as demais obras da franquia, o uso de um personagem para justificar
o desespero da mãe e também a loucura dessa ao fazer escolhas um tanto quanto
questionáveis para ter o seu filho de volta, tudo isso realmente acaba
funcionando muito bem, mas fica aquele gostinho de que se fosse mais trabalhado
o roteiro, realmente poderia deixar ainda mais assustador a história. Entre os
principais erros o destaque fica por conta de dois velhos clichês do gênero: a
maneira que a casa assombrada é apresentada ao longo do filme e também os
personagens “burros” que vão em busca do perigo, além de vários outros pontos
clichês que acabam deixando a história totalmente previsível.
O principal erro de Amityville: O Despertar é que ele acaba caindo no
mesmo erro dos demais filmes de terror, que é ceder o gosto popular e encher de
sustos, que por muitas vezes são inúteis, bobos e desnecessários para a
construção narrativa. O potencial da história satânica infelizmente acaba não
sendo explorada, o que realmente poderia dar um novo tom diante a tantos filmes
idênticos.
O
elenco bem enxuto do filme consegue convencer em parte, talvez ainda falte uma
boa estrada para a nossa protagonista, Bella Thorne, se firma em um
longa-metragem. A atriz vinda da televisão, acaba sendo inexpressiva a maior
parte do tempo e em momento algum ficamos com vontade de torcer por sua
personagem.
A
trilha sonora é bastante ok e os efeitos especiais são bem simples, mas
convincentes. A montagem do longa é um outro problema, pois apresenta diversos
cortes bruscos, que acabam deixando a história às vezes sem sentindo algum.
Amityville: O
Despertar pode não trazer nada de novo, mas para o público desse gênero ele
consegue trazer aquilo que realmente esperam. Uma pena que nenhum filme dessa
franquia tenha realmente conseguido fazer uma boa história.
Nota: 5.0/10
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