Crítica: 2:2 - Encontro Marcado

Talvez uma das religiões mais utilizadas pelo cinema depois do catolicismo, seja a espírita. Principalmente por ela carregar tanto ocultismo e mistério, a religião já serviu de pano de fundo para diversas histórias, porém a maioria dos filmes acaba pecando por não saber encontrar o tom certo. É justamente esse o problema de 2:22 – Encontro Marcado, que tinha tudo para ser uma ótima história espírita, mas que erra em absolutamente tudo.

A história apresenta o Dylan (Michiel Huisman) um homem que tem uma vida tranquila e cotidiana, até que uma série de eventos que se repete sempre às 2:22 da tarde começa a mudar sua rotina. Exatamente no início desses eventos ele se apaixona por Sarah (Teresa Palmer), e logo ele percebe que esse encontro também faz parte desses eventos misteriosos, é então que ele percebe que terá que correr contra o tempo para salvar a vida de sua amada.

O roteiro desenvolvido por Nathan Parker e Todd Stein é uma sequência de erros atrás de erros, começando por não saber dividir corretamente a linha narrativa dos personagens principais durante todo o filme. É mais que óbvio que o nosso protagonista aqui teria mais espaço e tempo em cena, já que é ele o sensitivo e que fará a trama principal andar, só que os demais personagens acabam sendo desenvolvidos de uma maneira tão errônea e equivocada, que chega a dar raiva e vergonha. Além disso a maneira que a conexão entre eles é apresentada é ridícula e não consegue convencer em momento algum. Fora que sabemos o que vai acontecer desde o primeiro momento do filme.

Estreando na direção, Paul Currie, mostra que sua falta de experiência é sentida já nas primeiras cenas, além de não existir um tempo narrativo muito claro, enquanto o personagem conversa com alguém tudo vai acontecendo muito rápido. Fora que a condução dos personagens é muito fraca e o romance entre os protagonistas é tão sem sal, que fica difícil de acreditar.