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Críticas

Crítica: O Sequestro


Até que ponto uma mãe iria para salvar a vida do próprio filho? Essa é uma das perguntas que o diretor Luis Pietro nos entrega em O Sequestro, nesse eletrizante filme de ação que chega ao Brasil na próxima semana.


Karla (Halle Berry) é uma mãe divorciada que trabalha como garçonete para sustentar o filho Frankie. Após um dia de expediente, seu pior pesadelo se torna realidade: a criança é sequestrada. Chamar a polícia? Isto é para os fracos: Karla pega seu carro e parte em uma perseguição alucinante aos sequestradores.


O longa-metragem segue à risca a cartilha dos filmes “pré-moldados”, ou seja, ele não traz nada de novo em sua história. Basicamente é um filme bem genérico, onde o único intuito é ser mais um daqueles filmes que a gente assiste quando não tem nada mais para ser feito. Mas diferente de outros, esse aqui ganha pontos em seu ritmo ágil, mesmo que o foco narrativo dele seja sempre o mesmo, os percursos e desafios que são apresentados ao longo do caminho para a nossa protagonista, conseguem manter a atenção do público. Talvez o que mais irrite o público seja as ações impulsivas da personagem de Berry, que geralmente são impulsivas e por diversas vezes absurdas, mas nada disso importa para ela, quando a vida de seu filho está em jogo.


Depois de apresentar diversos papeis bem duvidosos ao longo de sua carreira, finalmente temos uma Halle Berry mais contida e com uma atuação dentro do possível. Karla tem força e ao mesmo tempo tem suas fragilidades expostas em cena, principalmente quando descobre que a vida de seu filho está em perigo, tanto pela ameaça dos sequestradores quanto pelo seu ex-marido que quer a guarda da criança.


O roteiro desenvolvido por Knate Gwaltney não traz nada de novo, pelo contrário, ela deixa bem claro que a intenção dele é ser um filme pipoca mesmo, sem qualquer intenção de ter que raciocinar as ações ou consequências das ações da nossa protagonista. Um dos grandes erros do roteiro de Gwaltney é apresentar de uma maneira tão rápida e fácil os vilões.


Se formos analisar de uma maneira mais técnica o filme bem modesto e o deixa com um certo tom de amadorismo, quase beirando um filme feito exclusivamente para a televisão. Fora que existem alguns furos no seu roteiro e a montagem deixa a desejar em diversos momentos.


O Sequestro não é um dos melhores filmes do ano, mas certamente quem for assistir para se divertir, vai comprar a ideia dele. Caso contrário fique bem longe, porque ele não tem nada de novo para acrescentar em sua vida.

Nota: 5.5/10

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