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Críticas

Crítica: A Múmia (2017)


Quando a Universal anunciou a criação de seu novo universo monstro, o Dark Universe, todo mundo começou a criar grandes expectativas em cima do primeiro capítulo dessa nova franquia. Para inaugurar os trabalhos, o estúdio escolher A Múmia como filme de estreia e escalou o astro Tom Cruise para viver o protagonista. Mesmo que a ideia fosse boa, o primeiro filme desse novo universo ficou muito aquém de um começo com o pé direito. Não existe o mesmo entusiasmo que tinha no longa estrelado por Brendan Fraser lá em 1999, que acabou sendo uma grata e divertida surpresa e que acabou sendo um dos grandes sucessos naquele ano. Ai sim temos cenas de ação que empolgam e um elenco que além de ser competente, consegue divertir. Com esse Dark Universe, a Universal buscou apostar mais no tom sombrio com menos diversão e mais explicações do que virá a seguir.


Na trama, Nick Morton (Tom Cruise) e Chris Vail (Jake Johnson) são dois soldados do exército dos EUA implantados no Iraque. Mas eles têm uma pequena “empresa” paralela quando resgatam as antiguidades e as vendem no mercado negro. Ao serem atacados por militantes, eles acabam encontrando uma antiga tumba egípcia enterrada sob o deserto. O caminho da dupla se cruza com a da arqueóloga Jenny Hasley (Annabelle Wallis). Eles percebem que o local onde a tumba se encontra está fora de contexto. Em primeiro lugar, é um túmulo egípcio no meio do Iraque. Em segundo lugar, não é um túmulo, mas uma prisão por um mal antigo. Quem está preso é Ahmanet (Sofia Boutella), uma princesa egípcia que fez um acordo com o diabo. Em troca de receber poderes sobrenaturais e vida eterna, ela ajudaria o Set, o deus egípcio da Morte, em nosso mundo. Ela só precisa de um anfitrião para ele. Como Nick, Chris e Jenny libertam involuntariamente Ahmanet de seu túmulo, a princesa começa o processo de cumprir o acordo com o Set. Mas primeiro ela deve executar seu ritual em seu anfitrião escolhido para Set. Infelizmente para Nick, é ele.


O encontro de diversos monstros não é algo inédito para o cinema. Porém o que a Universal planeja com esse novo segmento é retomar às raízes e trazer de volta o prestígio dos clássicos desse gênero. Esse primeiro filme abre as portas para um universo bastante rico e que se for bem trabalhado por ser muito bem aproveitado. Infelizmente aqui existem diversas cenas que parecem estarem perdidas, mas que acabam mostrando que muita coisa boa está por vir. Com um tom mais sério em relação às últimas produções do gênero, o longa consegue acertar ao conectar a sequência inicial aos eventos dos dias atuais.


Em relação as cenas de ação do longa, existem sim momentos de destaque, mas infelizmente o trailer acabou entregando quase todas as cenas e isso infelizmente estraga as situações de surpresas. Porém, as cenas que envolvem a Múmia são realmente impressionantes e o desempenho da atriz Sofia Boutella é muito bom. Ela é realmente a única do elenco que consegue salvar o filme do desastre iminente.


As atuações de Tom Cruise e Russell Crowe conseguem cumprir aquilo que prometem. Ou seja, Cruise dá vida ao protagonista Nick Morton enquanto que Crowe é Jekyll e Hide. Está certo que esse último personagem acabou sendo introduzido de uma maneira muito malfeita e confusa e deixou o personagem perdido em meio as cenas de ação e também em meio ao elenco.


Como foi dito logo acima, Sofia Boutella é a única que consegue se sair melhor e superar até mesmo Cruise e Crowe na atuação.


Infelizmente A Múmia não é um pontapé muito empolgante para esse universo. Para quem está entediado e quer ver um filme pipoca, ele pode servir perfeitamente. Só que quem estava esperando algo mais divertido, vai ficar com um gosto bem amargo e sentido saudades do clássico de 1999.

Nota: 4.5/10

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