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Crítica: Baywatch


Em 1989 estreava uma das séries mais populares tanto nos Estados Unidos quanto em diversos países, inclusive o Brasil, S.O.S. Malibu. Entre os diversos fatores da série, o principal foi que ela consagrou os nomes de Pamela Anderson e Michael Berk como os guarda vidas sarados que estavam dispostos a tudo para manter a integridade física dos frequentadores da mais famosa praia de Malibu.


Se a série fosse exibida nos dias atuais, podem ter certeza que ela seria a rainha dos memes, principalmente pela forma irônica que eles satirizam os profissionais como se fossem uma espécie de super-heróis. Esse potencial de si ri próprio acabou rendendo 28 anos depois, Baywatch com Dwayne Johnson (Velozes e Furiosos) e Zac Efron (Vizinhos 1 e 2), um longa que você consegue se divertir ao extremo.


No filme Mitch Buchannon (Dwayne Johnson) é um guarda-vidas, orgulhoso de seu trabalho e respeitado na praia em que atua. Ele precisa aumentar a equipe e para isso seleciona alguns recrutas para treinar, entre eles Matt Brody (Zac Efron), um exibido e arrogante ex-nadador olímpico. No início existe um estranhamento entre os dois, mas eles acabam descobrindo uma conspiração criminosa no local e se unem para salvar o futuro da praia.


A direção de Seth Gordon (Uma Ladra sem Limites) não segue o estilo de reboot ou uma releitura, mas sim uma paródia das mais galhofas que a tempos não assistíamos. E todos nós sabemos que quando os americanos resolvem investir no besteirol, eles pegam pesado, pois então espere encontrar em Baywatch cenas do tipo: vomito dentro de piscina, pênis preso em cadeira de praia, explosão de uma pessoa por um fogo de artificial e só vai piorando, ou melhorando dependendo do ponto de vista de quem está assistindo. Afinal quem vai assistir a um filme desses tem que estar pronto para embarcar em sua proposta.


Mesmo com todo esse tom de humor bem escrachado, diversos elementos clássicos da série estão presentes e continuam aqui como uma singela homenagem. A clássica corrida em câmera lenta, os resgates pirotécnicos realizados pela equipe, mas sem sombra de dúvida, a participação dos dois astros principais da série original, é a melhor.


Mas agora o grande destaque do filme é a química absurda que existe entre Dwayne Johson e Zac Efron, os dois estão tão à vontade e se divertindo no filme, que o público sente isso e em momento algum parece que eles estão fazendo algo obrigado. Mesmo que com o decorrer do filme, as piadas entre eles acabem ficando repetitivas, o beijo entre eles só reforça essa inusitada e divertida parceria.


Como nem tudo é só elogios, o filme peca por apresentar efeitos visuais bastante fracos, um abuso excessivo de chroma key, uma vilã muito caricata e que mais parece ter saído de uma novela mexicana, além de um roteiro totalmente previsível e fraco.


Baywatch é uma das melhores galhofas do ano, se você gosta desse estilo de produção, precisa assistir o quanto antes. É aquele tipo de filme que você vai assistir com amigos, quando não tem nada para fazer.

Nota: 7.5/10

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