Todos sabem que as duas tentativas em
live-action nos cinemas para a turminha dos Smurfs foram verdadeiros fracassos, sendo que nem o público e nem
mesmo os críticos pouparam de esculachar as péssimas escolhas para contar as
aventuras dessas criaturinhas. Eis que então a Sony Animation resolveu lançar
um reboot em forma de animação para essa turminha e eis que nesta quinta-feira
chega aos cinemas brasileiros Os Smurfs e A Vila Perdida.
O foco da trama da animação
é Smurfette, que como única garota da vila dos smurfs e tendo sido criada
originalmente pelo vilão Gargamel, tenta descobrir qual característica a torna
especial. Como todos os Smurfs possuem um nome que designa seu traço único (o
smurf inteligente é o Gênio, o forte é o Robusto, etc.), Smurfette busca
decifrar o significado do seu “ette”, o que a leva a encontrar um novo Smurf
misterioso e em seguida a ser capturada por Gargamel. Descobrindo pistas da
existência de uma vila perdida de smurfs através do caldeirão de Gargamel,
Smurfette, junto de outros três smurfs, resolve ir atrás da tal vila para
avisar seus residentes da ameaça do malvado feiticeiro.
Diferente do que ocorreu nos primeiros filmes, o foco principal aqui é a Smurfette
e isso faz com que outras personagens femininas sejam inseridas nesse
contexto. Se por um lado essa é uma ideia muito boa, por outro lado ela também
é péssima, afinal eles não sabem como trabalhar com a personagem. A todo
momento a personagem é salva ou colocada a sombra de um dos personagens
masculino, fora das cantadas mais sórdidas de um dos personagens.
Quando a Smurfette consegue realmente roubar a cena, já é tarde demais e
chega com aquela sensação de vazio e de repetição. Se eles queriam apresentar
um filme que falasse sobre empoderamento feminino mas que também conseguisse
atingir o público dos meninos, eles deveriam seguir a linha de Moana
ou até mesmo Zootopia, só que aqui é tudo tão constrangedor.
O roteiro também acaba se perdendo por não saber como equilibrar o foco
nas duas histórias e isso acaba gerando em diversos momentos cenas confusas ou
até mesmo repetitivas. As piadas são prontas e nenhuma consegue de fato fazer
você rir, a não ser que você tenha menos de 07 anos. Mas por um outro lado, os personagens
conseguem ser carismáticos, com destaque para a dupla de vilões formado pelo
Gargamel e o gato Cruel.
Apesar de apresentar boas intenções narrativas, Os Smurfs e A Vila Perdida é
um longa bastante insatisfatório, sem uma grande história ou elementos cômicos eficientes,
comparado as últimas animações lançadas. É certo que os menores vão se
divertir, já os pais ou acompanhantes vão torcer que suas longas 1h30 terminem
o quanto antes.
Nota: 4.5/10
Eu realmente gosto dessa opção. Criados na Bélgica no final dos anos 50, Os Smurfs foram realmente ganhar o mundo três décadas depois, com a realização de uma série animada (1981-1990). Ao longo dos anos, algumas tentativas de levar os personagens para a tela grande foram pensadas, mas quase nenhuma saiu da gaveta. Até que em 2011 nasceu Os Smurfs, que foi seguido por Os Smurfs 2 dois anos depois. Felizmente, a Sony decidiu deixar de lado as caras conhecidas e o cinema de live-action e investir num filme 100% animado. Nasceu assim Os Smurfs e a Vila Perdida. Ingênuo e bem intencionado, o novo longa é superior às tentativas anteriores e tem tudo para funcionar bem com o público infantil. A animação é de boa qualidade e há um trabalho importante na construção de um universo multicolorido, atrativo para olhos mais novos.
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