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Críticas

Crítica: Power Rangers


Se você tem mais de 20 anos, muito provavelmente você deve ter acompanhado o surgimento de uma febre chamada Power Rangers. Depois de uma ausência de mais de 20 anos entre o último longa-metragem envolvendo esse universo, eis que chega aos cinemas do mundo inteiro uma nova versão para essa história.


Nesse novo filme, existe toda uma reinvenção da história envolvendo os heróis para a agradar as novas gerações, ao mesmo tempo em que mantém elementos e personagens clássicos da primeira temporada da série, para deixar qualquer fã eufórico diante da nostalgia.


A trama se passa na Alameda dos Anjos, onde cinco jovens (Jason, Kimberly, Billy, Zack e Trini), sem querer encontram cinco moedas que lhes conferem habilidades sobre-humanas. Logo eles são convocados por Zordon (Bryan Cranston), um ser alienígena que lhes conta que os jovens devem se tornar os novos Power Rangers a fim de derrotarem a ameaça da feiticeira Rita Repulsa (Elizabeth Banks).


Esqueça a narrativa superficial e infantilizada que a série possuía, aqui ela ganha uma construção muito mais séria, mesmo que carregue a estrutura básica dos filmes de super-heróis. Um dos pontos mais fortes é que Power Rangers consegue se manter bem distante dos filmes da Marvel e da DC e resolve apostar todas as fichas em uma trama bastante adolescente. Existem diversos temas relacionados a juventude que o longa aborda, desde o já batido bullying, passando por questões familiares, sexualidade e do slut-shaming (SIM! Isso é um filme dos Power Rangers). Mesmo que todas essas questões sejam abordadas de uma maneira mais “leve”, é muito interessante ver um produto como esse não ter medo de se arriscar.


Os personagens aqui são muito bem desenvolvidos, principalmente Jason, Kimberly e Billy, que por possuírem mais tempo de cena no ar, consegue carregar os momentos mais dramáticos e também cômicos da produção. Enquanto Zack e Trini, apesar de estarem presente o tempo todo, eles acabam sofrendo um pouco mais para conquistar um espaço na trama.


A química entre o elenco está incrível, Dace Montgomery (Jason) e Naomi Scott (Kimberly) sabem conduzir os arcos de seus personagens muito bem. Infelizmente não podemos dizer o mesmo de Ludi Lin (Zack), por muitas vezes acaba extrapolando na atuação, enquanto que a cantora/atriz Becky G. (Trini) consegue fazer sua estreia nos cinemas muito bem, talvez para as sequências possamos ver mais o amadurecimento tanto de Becky na frente das telas quanto de sua personagem. Mas se temos que destacar alguém é o RJ Cyler (Billy), que consegue transpor para a tela um Billy totalmente diferente do seriado original, aqui ele é engraçado, carismático, mas que não deixa de apresentar seus problemas pessoais. Sobre a grande vilã do filme, Rita Repulsa, interpretada pela Elizabeth Banks, ela não consegue ter todo o poder que a personagem pede. Uma hora está caricata demais e em outros momentos a personagem rende seus melhores momentos, quando está mais séria.


Os efeitos especiais estão realmente surpreendentes, talvez o único ponto negativo entre eles seja a construção do monstro Goldar, criado por Rita, é um amontoado de coisas e quando ele surge em tela você fica realmente querendo saber que espécie de monstro é aquele.


Israelite consegue proporcionar um ritmo bastante agradável e ágil que você nem vai sentir as duas horas e cinco minutos
Power Rangers chega às telas do cinema em um bom momento, principalmente por retratar heróis vividos por adolescentes que poderiam ser qualquer um de nós. É uma grata surpresa, mesmo que apresente alguns erros, mas nada que prejudique o desenvolver da trama. Chame os amigos e preparem-se para morfar.

Nota: 9.5/10

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