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Críticas

Crítica: Jackie


Se existe um fato mundial mais lendário que conhecemos é envolvendo a trajetória polêmica da família Kennedy, que mesmo passados mais de 50 anos dos acontecimentos, não faltam versões e teorias de tudo envolvendo eles e o poder nos Estados Unidos. Segundo o IMDB existem mais de 66 produções cinematográficas que contam algo envolvendo o clã dos Kennedy. Agora quem entra nessa lista é o indicado ao Oscar 2017, Jackie, que reproduz um recorte da morte até o enterro do presidente John F. Kennedy.


No filme acompanhamos Jacqueline Kennedy (Natalie Portman) tentando lidar com a perda inesperada do seu marido nos quatro dias que envolveram o assassinato até o sepultamento do então presidente dos Estados Unidos.
O roteiro desenvolvido por Noah Oppenheim (do péssimo A Série Divergente: Convergente) é bastante interessante, pois consegue contar a história em três momentos, sem soar didático ou confuso para o espectador, muito disso graças ao excelente trabalho do diretor chileno Pablo Larraín (No), que faz neste filme seu debut em Hollywood e consegue mostrar um filme com personalidade.
Larraín usa todo o carisma e talento de Natalie Portman (Cisne Negro) em sua narrativa e faz disso um palco perfeito para Natalie brilhar do começo ao fim. Alguns certamente vão questionar a atuação da atriz devido a maneira como ela carrega na forma de falar da personagem, de fato, no início isso causa um certo incomodo, mas que no decorrer da projeção se torna irrelevante.


Mesmo não sendo tão evidente, o roteiro também pode ser considerado bastante ousado e até mesmo provocador, já que mostra sem nenhum filtro a história dos Kennedys. Principalmente na desconstrução da família de margarina que eles mostravam ser.


Não é um filme que vai agradar a todos, já que o longa não apresenta um enredo que consiga criar uma identificação com o público em geral.


Um destaque merecido é a trilha sonora que à primeira vista causa um certo estranhamento, mas que ajuda a narra a história, mas acredito que essa seja a intenção de passar a sensação do estado desorientada da personagem ao vivenciar uma inesperada situação, mas Mica Levi (Sob a Pele) a responsável pela trilha sonora, talvez tenha pesado a mão.


Sobre os acertos, existem dois detalhes que merecem sua atenção, primeiramente é impressionante a reconstituição da época, tudo fica maior, quando a edição mistura cenas reais e ficcionais. O outro acerto é envolto é os figurinos que se destacam, comparando com a reprodução real.


Jackie é um longa-metragem perfeito para os amantes da história e para aqueles cinéfilos que vão se “lambuzar” com a atuação maravilhosa de Natalie Portman, mas caso você não se enquadre em nenhum desses perfis, bom, então você pode se arriscar.


Nota: 8.5/10

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