Sabe aqueles filmes brasileiros que
muitas vezes nos perguntamos qual o real motivo que levaram os produtores a
acreditarem no sucesso dele e lançar nos cinemas. Bem, é quase isso que
sentimos ao término de O Amor de Catarina,
filme que marca a estreia do diretor Gil Baroni e que traz a sensação da
internet, Kéfera Buchmann.
Rose (Greice
Barros), é uma dona de casa que sempre idealizou sua vida numa família
perfeita, no entanto ela vive o oposto disso, além de brigar com o marido
diariamente, sua filha adolescente não quer mais dar atenção a ela em nenhum
momento, seu único alento é nas lembranças guardadas da adolescência numa caixa
de sapatos e na companhia de sua vizinha Dolores (Ciliane Vendruscolo), com
quem assiste assiduamente a telenova “O Amor de Catarina”, que conta a história
de Catarina (Kéfera Buchmann), uma mulher que vive um relacionamento em forte
crise, devido ao comportamento possessivo do marido, mas a cada novo episódio
ela vai conseguindo se libertar e ter o controle de sua vida novamente.
Com um roteiro bem raso e superficial, acaba deixando o filme bastante claro que ele não tem nenhuma pretensão de ser aquilo que ele não se propõe. Ou seja, é um longa-metragem a respeito de uma mulher em crise que encontra na personagem de uma telenovela a inspiração para algo melhor para ela.
Fica bastante claro assim que o longa começa que ele é de baixíssimo orçamento, mas que através de uma tentativa do diretor, Gil Baroni, traz uma criatividade em improvisar as locações para dar fluência em sua narrativa. Além dessa tentativa, o diretor tinha a intenção de realizar um filme de época, para traz um pouco desse sucesso que as telenovelas tinham no passado, mas isso acaba ficando só na tentativa. O mesmo vale para a tal “novela” que sofre para se distanciar da “realidade” com a ficção, ou seja, são várias tentativas fadadas ao fracasso.
A fotografia, a direção de arte e até mesmo algumas canções que se encontram no filme são totalmente bregas e cafonas. Sobre o elenco, infelizmente não temos nada a declarar, a não ser que a única mesmo que consegue dar o melhor de si é a própria Kéfera. O restante parece que estavam realizando uma peça de escola, da tamanha falta de naturalidade com a câmera.
O Amor de Catarina infelizmente é um longa-metragem bastante fraco, mas que talvez sirva apenas para ver um outro lado da Kéfera, depois do estrondoso sucesso de É Fada. Além de claro, a tentativa de deixar uma mensagem interessante em seu final.
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