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Críticas

Crítica: Celular (2016)


Adaptar uma obra do autor Stephen King é uma tarefa um tanto quanto difícil, pois dependendo da maneira que ela for adaptada podemos ter ou um clássico (como o original Carrie A Estranha, O Iluminado, Conta Comigo, It – A Obra-Prima do Medo) ou podemos ter resultados bastante decepcionantes (como O Apanhador de Sonhos, A Maldição e o remake de Carrie). Infelizmente é nessa segunda opção que a mais nova adaptação do autor se enquadra, Celular, filme que será distribuído no Brasil pela Imagem Filmes, é uma sucessão de erros atrás de erros.


Um dia, todos os telefones celulares do mundo sofrem a interferência de uma mesma pulsação, com consequências trágicas: as vítimas do acontecimento se tornam criaturas assassinas e sedentas por sangue. No meio do caos, um artista tenta reencontrar o filho.


Dirigido por Tod Williams, o mesmo responsável por Atividade Paranormal 2 e o drama Provocação, acaba demonstrando uma certa fragilidade ao comandar o longa. Diversas cenas soam como repetidas ou corridas mesmo, como por exemplo a cena de transformação das pessoas é totalmente mais explicada e quando menos esperamos já está tudo acontecendo.


O roteiro adaptado pelo próprio Stephen King e pelo Adam Alleca (do ótimo A Última Casa à Esquerda) não é tão ruim mas sabe quando falta algo, então é exatamente essa sensação que fica no decorrer do longa. Segundo o próprio King, ele alterou de modo leve a sua obra.


O elenco do longa chama bastante a atenção por trazer novamente uma parceria entre John Cusack e Samuel L. Jackson em uma obra do autor depois do elogiado 1408. Mas diferente daquele filme, Joan Cusack aqui parece que está fazendo aulas de atuação com Nicolas Cage, porque ele vem de uma safra de filmes tão ruins que um a mais não fará diferença. Já Samuel L. Jackson consegue ir alternando entre papeis bons ou outros onde ator está fazendo apenas por diversão. O restante do elenco é composto pela atriz Isabelle Fuhrman (do excelente A Órfã e do primeiro Jogos Vorazes) se sai bem no papel de Alice mas nada que já não tenhamos visto a atriz realizar em seus outros papeis.


Um dos problemas mais graves do filme encontra-se em seu ato final, onde parece que o filme corre para explicar as coisas e tentar apresentar um resultado final positivo. Mas o que realmente acaba acontecendo é um amontoado de cenas corridas e que acabam deixando várias pontas soltas no ar.


Celular acaba sendo mais uma adaptação fracassada de um livro do Stephen King, onde nem mesmo o aturo consegue realizar um roteiro plausível de sua própria obra. Fora que o próprio tema envolvendo zumbis já está entrando em saturação. Infelizmente Celular deve figurar entre os piores filmes do ano.


Nota: 4.0/10

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