Crítica: Life - Um Retrato de James Dean
No passado Hollywood foi o berço de grandes astros, como: Elizabeth Taylor, Marlon Blando, Judy Garland, Grace Kelly e James Dean, então porque será que nunca nenhuma dessas estrelas tão importantes para a história do cinema teve uma cinebiografia? Talvez pelo fato mais importante, a imagem que temos deles são tão forte e tão presente, mesmo depois de suas mortes, que é difícil acreditar em um outro ator interpretando essas pessoas. E isso acontece exatamente com o filme Life – Um Retrato de James Dean, que chega semana que vem aos cinemas brasileiros.
Década de 1950. Durante a festa de um dos figurões da indústria hollywoodiana da época, o fotógrafo Dennis Stock conhece o então pouco badalado mas promissor ator James Dean. Às vésperas do lançamento de seu novo filme, a vida de Jimmy (como Dean era conhecido entre os mais próximos) não era fácil: além do relacionamento conturbado com a atriz Pier Angeli, Dean não parecia muito à vontade com a fama, apesar dos esforços dos estúdios para transforma-lo em um astro. Prevendo a inevitável ascensão do artista, Stock decide apostar suas fichas em um ensaio fotográfico com Jimmy, mesmo que para isso ele tenha que colocar em risco sua própria carreira.
Dirigido por Anton Corbijn, responsável pelos filmes Um Homem Misterioso, O Homem Mais Procurado e o aclamado Controle: A História de Ian Curtis, não é propriamente uma cinebiografia sobre James Dean. A história é centrada na amizade entre o astro e o fotógrafo, Dennis Stocker.
O filme explora bem o contraste dessa amizade, ao mostrar um fotógrafo que acredita e aposta no jovem astro enquanto Jimmy, vive recluso em seu mundo particular cheio de timidez e rebeldia, sem saber o que o futuro lhe reservava. Porém não temos um aprofundamento sobre o submundo do entretenimento fora que o público não vai comprar a identificação com seus dois protagonistas, um dos erros mais graves do filme.
Apesar de ter uma semelhança quase que invisível com o jovem James Dean, a atuação de Dane DeHaan não consegue convencer e soa por diversas vezes como cansada, além do sotaque forçado e um olhar literalmente perdido no nada. Ironicamente quem chama mais a atenção em tela é o ator Robert Pattinson, que diferente de sua ex-companheira Kirsten Stewart, vem colhendo bons frutos, como os ótimos Mapa para as Estrelas e Cosmópolis. Tanto que nos créditos do filme seu nome aparece antes de Dane DeHaan.
Por um outro lado o filme teve todo cuidado na parte técnica, a fotografia, a trilha sonora e os figurinos estão muito bem cuidados e chamam a atenção do público.
Life – Um Retrato de James Dean tinha tudo para ser um grande filme, porém por erros do roteiro e um James Dean preguiçoso, temos um saldo final apenas bom. Talvez seja o momento para Hollywood entender que grandes astros merecem apenas a lembrança e o saudosismo.
Nota: 6.0/10
0 Comments:
Postar um comentário