Quando o primeiro filme dessa franquia foi lançado lá em 2002, nem a Fox e muito menos a Blue Sky imaginariam que passados mais de 10 anos, essa seria uma das franquias mais lucrativas e bem sucedida do estúdio. Entre idas e vindas, a partir dessa semana podemos conferir a mais nova aventura dessa turma.
Manny, Ellie, Diego, Shira, Amora e Sid terão que deixar seus lares, logo após uma chuva de meteoros atingir a Terra, fruto de mais uma atrapalhada ação de Scat, que dessa vez causa uma catástrofe cósmica, onde a vida na Terra corre sério risco de extinção, ou seja ele está prestes a causar um novo Big Bang.
O roteirista, Yoni Brenner, responsável pelos roteiros dos longas anteriores mantém a mesma fórmula, sem acrescentar quase nada. Temos ali o velho arco dramático cheio de aventura e ação, acompanhados da velha e boa lição familiar além das amizades entre os personagens carismáticos.
Nesse quinto filme, o grande conflito familiar é em torno de Amora, agora uma mamute adolescente e que está prestes a dar o seguinte passo do namoro, o casamento. Assim alguns temas bem relevantes como: a superproteção dos pais e o começo de uma nova vida, são levantados de uma maneira que para os pais pode até soar como bobinhas mas para as crianças é bem didática. Fora os outros conflitos como, Shira e Diego que querem ter o seu primeiro bebê e Sid, que está em busca da companheira dos seus sonhos para formar sua tão aguardada família. Claro que além desses conflitos, nossos heróis tem ainda que encontrar uma maneira de salvar a terra de um enorme asteroide.
Assim como aconteceu nos longas anteriores, a ação inicial do filme é todinha feita em cima do carismático personagem, Scrat e sua incansável busca da noz. Só que dessa vez, ele vai parar no espaço sideral e lá causa um grande abalo cósmico.
Se por um lado não temos grandes novidades na maneira que o longa é narrado ou até mesmo ter mais ousadia de apresentar novos personagens, fato que ocorre praticamente em todos os outros filmes da franquia, pelo outro temo pela primeira vez desde o primeiro filme, um envolvimento do inicio ao fim.
Como o filme no Brasil terá somente cópias dubladas, vamos falar um pouco sobre ela. A Fox não é nenhuma Disney e às vezes peca muito em suas vozes, por soarem um tanto quanto repetitivas. Porém em A Era do Gelo, os dubladores foram mantidos com exceção da voz da mamute Ellie, que no segundo filme foi dublado pela atriz Claudia Jimenez porém a mesma não retornou nos demais filmes. Nesse quinto filme, o elenco conta com duas novas vozes: a da atriz Ingrid Guimarães, dando vida a Brooke, interesse romântico de Sid e o youtuber, Windersson, dando voz ao personagem Roger.
Muitos vão torcer o nariz pela escolha do Windersson porém a voz se encaixou de uma maneira tão perfeita, que ele dá uma personalidade única pro personagem e acaba roubando a atenção toda vez que aparece em cena. Diferente de Ingrid Guimarães, que está super ok e que fica às vezes irreconhecível saber que é a atriz que está dublando a personagem.
Eu gostaria de deixar bem claro o ponto mais NEGATIVO do filme: o seu título nacional. Por mais que achem que A Era do Gelo: O Big Bang seja mais vendível, não tem como negar que eles estão dando uma aula errada para as crianças. Fora que Rota de Colisão também seria bastante atrativo.
Preparem-se para encontrar um filme que vai agradar em cheio as crianças além de trazer certas referências que os pais vão entender. Por mais que A Era do Gelo venha apresentando sinais de desgaste desde o seu terceiro longa, parece que com esse quinto eles descobriram como dar uma sacudida legal no pessoal e trazer novas tramas e personagens para essa franquia.
Nota: 8.0/10
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