Crítica - Floresta Maldita
Não sabemos ao certo quem estabeleceu essa regra ou de onde surgiu, mas desde que nos conhecemos por gente e assistimos a um filme de terror, sabemos que uma floresta não significa um lugar totalmente seguro. Em diversos longas já encontramos psicopatas, famílias de canibais e até mesmo animais prontos para atacar e matar qualquer um que atravesse em seu caminho, porém nunca haviam explorado a própria floresta como ser maligno. Porém o que aconteceria se uma ideia genial se transformasse em uma verdadeiro mar de erros? É o que o público que for assistir Floresta Maldita vai encontrar.
A trama se passa no Japão, na floresta de Aokigahara, e conta a história de Sara (Natalie Dormer), uma jovem americana que tenta encontrar sua irmã gêmea que desapareceu no local. Apesar de todos recomendarem para que não saia do caminho, Sara entra no meio da mata e acaba despertando os espíritos que habitam o lugar.
Dirigido pelo estreante Jason Zada, Floresta Maldita não traz nada de inovador para o gênero do terror. A direção de Zada é igual a tantos outros longas que já vimos, que faz com que toda aquela sensação de encontrarmos algo novo e realmente assustador, vá por água abaixo. Podemos dizer que seu inicio de carreira não foi nada animador e se ele continuar por esse caminho, talvez seja o seu único longa a ganhar as telas do cinema.
Um dos maiores problemas do longa é o roteiro desenvolvido por Nick Antosca e Ben Ketai, que optam por sabotar praticamente toda a ideia inicial na metade do filme. Se antes poderíamos ter uma historia que explorasse essa floresta, depois de trinta minutos de filme, o longa se torna algo tão comum e tão previsível, que faz com que os espectadores tenham vontade de sair o quanto antes da sessão.
O elenco do filme é o único ponto positivo do longa. A atriz Natalie Dormer, que dá vida as gêmeas do filme, consegue ser o destaque sozinha na produção inteira. Ela realmente chama a atenção do público e ficamos instigados em querer saber o que realmente aconteceu com a irmã dela , além de claro torcer para que tudo der certo. Quem contracena com ela e também tem seu ponto positivo, é o marido da cantora Lady Gaga, o ator Taylor Kinney. Por diversos momentos, Aiden, seu personagem, deixa aquela sensação se devemos ou não confiar nele.
Se a ideia do diretor e dos roteiristas era entregar um filme assustador, eles erraram em cheio. Há duas cenas que foram criadas para assustar a plateia mas que de tão mal filmadas e desenvolvidas, se tornam patéticas. De restante o longa não traz nada de assustador, pelo contrário, você torce para que acabe de uma vez para você ir embora.
Um outro ponto positivo é a sua fotografia, apesar de não trazer nenhuma novidade, ela passa aquela sensação de um ambiente que vai fechando-se cada vez que você vai entrando em suas profundezas.
Floresta do Mal tinha tudo para ser um ótimo filme de terror ou até mesmo um suspense psicológico, porém o que assistimos em tela, é um longa que destrói tudo que construiu em seu inicio promissor para tentar agradar ao público em geral. Sem sustos, sem roteiro, sem uma boa direção e com um dos finais mais imbecis dos últimos tempos, podemos dizer que não faz o menor sentido assistir a esse filme nos cinemas.
Nota: 3.0/10
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