Em Exibição nos Cinemas

Críticas

Crítica - Como Ser Solteira


Quando foi lançado em 2011, Missão Madrinha de Casamento, foi bem de bilheteria e foi aclamado pelo crítica especializada e pelo público também. Desde então Hollywood vem tentando emplacar uma nova comédia romântica com um elenco totalmente feminino. As tentativas tivemos longas positivos, como os filmes A Escolha Perfeita e Descompensada, mas também tivemos aqueles longas totalmente esqueciveis e sem graças, como Quatro Amigas e Um Casamento. Porém essa semana chega aos cinemas, um longa que pode se encaixar perfeitamente na primeira categoria: Como Ser Solteira. 

 
O longa acompanha Alice (Dakota Johnson), que acabou de sair de um relacionamento e não sabe muito bem como agir sem outra metade. Para sua sorte, ela tem uma animada amiga (Rebel Wilson) especialista na vida noturna de Nova York, que passa a ensiná-la como ser solteira. 

 
Dirigido por Christian Ditter, o mesmo responsável pelo fofo Simplesmente Acontece, nos entrega um trabalho mais produzido, com cenas ágeis e planos que não deixam o ritmo do filme cair em nenhum momento. Se para o mais críticos, o diretor não havia feito um bom trabalho em Simplesmente Acontece, talvez a opinião desses mude ao assistir Como Ser Solteira. 

 
O roteiro desenvolvido por Dana Fox, responsável pelas fraquinhas comédias românticas Jogo de Amor em Las Vegas e Vestida para Casar, consegue fazer uma ótima reflexão sobre o cotidiano amoroso e íntimo das mulheres do século XXI. Aqui a história não é sobre jovens tentando encontrar o seu príncipe encantado e sim, sobre jovens tentando encontra-se a si mesmas e principalmente, descobrindo o amor próprio. E aí que talvez o filme se destaque, por mais que exista alguns velhos clichês, eles estão inseridos em um universo totalmente novo para as comédias românticas. Dakota Johnson, Rebel Wilson, Alison Brie e Leslie Mann formam o time principal dessa comédia romântica. 

 
Dakota Johnson, que foi revelada ao mundo no sucesso do ano passado Cinquenta Tons de Cinza, consegue se sair muito melhor aqui do que no longa onde vive a submissa Anastacia Steele. A jovem além de estar com um visual deslumbrante, conseguimos acreditar em sua personagem e acima de tudo, comprar a sua ideia. Talvez a história de sua personagem não seja a mais interessante, mas certamente você vai tirar alguma mensagem importante dela. 

 
A personagem de Rebel Wilson, Robin, talvez seja o melhor papel da comediante até o momento. Ela não está histérica, chata, sem graça e muito menos fazendo tudo para chamar a atenção do longa para si mesma. A personagem consegue ser engraçada na medida que precisa ser, nada daquelas cenas absurdas que a própria atriz já protagonizou em diversos filmes. Por um outro lado, não temos muito que tirar de sua história, a não ser, que seja sobre que podemos ser felizes sem importar a nossa aparência física. 

 
Leslie Mann é sem sombra de dúvidas a que merece o maior destaque do longa inteiro, sua história com certeza vai arrancar lágrimas do mais sensíveis e certamente vai fazer com que muita gente se identifique com a personagem. Durante um boa parte de sua vida, Meg nunca quis ser mãe, por acreditar que jamais teria tempo devido ao seu trabalho. Mas é nesse momento, que a obstetra começa a refletir que seu maior amor é ser mãe. E é quando entra em cena o ator Jake Lacy (dos longas Carol e O Natal dos Coopers), para interpretar o seu interesse romântico. Por mais que soe como uma besteira, o relacionamento dos dois é o mais sincero de todas as quatro protagonistas. Os dois estão com medo de amar mas ao mesmo tempo se gostam, então fica no público aquela torcida de que os dois fiquem juntos e que a história termine com um final feliz. 

 
Das personagens a mais chatinha é a de Alison Brie, talvez porque Lucy não tenha realmente um conflito e sim uma birra. Ela saiu de um relacionamento fracassado e quer dar um tempo sobre o amor. Porém ao encontrar no personagem de Anders Holm, um escape, ela sabe que não poderá se apaixonar por ele. Mas diante disso as cenas são repetitivas e um tanto quanto decepcionantes, por serem previsíveis. Talvez o desfecho da personagem seja o mais interessante do que sua própria jornada. 

 
Um ponto que merece o destaque é pela trilha sonora, que é uma das melhores trilhas dos últimos anos. Trazendo nomes como Taylor Swift, Hailee Steinfield, Avicci entre outros nomes importantes do cenário musical atual. 

 
O roteiro do longa para quem não sabe é baseado no livro da autora Liz Tuccillo, lançado em 2008 e que logo se tornou um sucesso de vendas. Por ser uma adaptação, muitas coisas foram deixadas de lado mas nada que perca a essência do longa e do livro. 

 
Como ser Solteira é uma das melhores comédias românticas dos últimos anos e certamente vai fazer com que o público se identifique com seus personagens e suas histórias. Então preparem-se para rir e se emocionar com histórias que poderiam estar acontecendo com você e suas amigas. Acima de tudo, Como Ser Solteira é um brinde a amizade, ao amor e acima de tudo, ao amor próprio. 

Nota: 8.0/10

About Marcelo Rodrigues

0 Comments:

Postar um comentário

Em Breve nos Cinemas

Tecnologia do Blogger.