As comédias sempre tiveram dois públicos bem específicos: os adolescentes que procuravam histórias sobre o universo deles e também os filmes de sátiras. Porém de uns anos pra cá as coisas mudaram nesse ramos, já que as comédias envolvendo sátiras acabaram perdendo público e também espaço nas telas de cinema, para termos uma ideia a última produção a tentar levar o gênero foi Todo Mundo em Pânico 5, mas fracassou tanto em público quanto nas críticas. Outros filmes envolvendo sátiras acabam sendo lançados diretamente para o serviço on demand. Mas graças ao comediante Judd Apatow, as comédias direcionadas diretamente para o público adulto passaram a ganhar espaço e ocupando de vez as salas de cinema. Porém nem todas conseguem entreter e cativar ao mesmo tempo, como é o caso de Irmãs, a mais nova produção estrelada por Tina Fey e Amy Pohler.
A trama
acompanha as irmãs Maura Ellis (Amy Poehler) e Kate Ellis (Tina Fey), que
sempre foram muito diferentes: enquanto a primeira é conhecida por ser
responsável e ajudar os outros, a segunda é especialista em perder empregos e
namorados, o que deixa a sua filha adolescente furiosa. Quando as duas
descobrem que a casa da infância será vendida pelos pais, elas decidem dar uma
última festa, e aproveitar tudo que não puderam fazer no local quando eram mais
novas.
O diretor John
Moore, responsável pelo sucesso A Escolha
Perfeita, nos entrega um trabalho bem previsível e repleto do mesmo que já
assistimos em diversos outros filmes. Inclusive, esse longa aqui relembrar
diversos outros filmes adolescentes dos anos 80, porém trocando os jovens por
pessoas mais velhas cansadas de suas vidas rotineiras. A direção de Moore mais
atrapalha do que ajuda e diversas cenas acabam sendo prejudicadas por esses
erros.
O roteiro foi
desenvolvido pela comediante Paula Pell mas infelizmente ela erra na mão e na escolha
de contar essa história. Por diversos momentos as piadas parecem soar
repetitivas e os momentos engraçados acabam deixando apenas um riso xoxo.
Podemos apenas tirar uns dois momentos realmente engraçados, porque de resto é
tudo o que já assistimos em comédias adolescentes.
Tina Fey e Amy
Pohler são de longe a melhor dupla de comédia da atualidade e tudo que as duas
produzem e atuam dá certo, como é o caso desse longa. Podemos dizer que Tina Fey
rouba por diversas vezes as cenas de Pohler, pelo simples fato dela ter uma das
personagens mais diferentes de sua carreira até agora. Amy está bem no papel da irmã mais centrada e
responsável, porém em diversos momentos a atriz parece estar no piloto
automático. O restante do elenco saiu do Saturday
Night Live e infelizmente não acrescentam em nada para a trama, até porque
seus personagens não são aprofundados. Os únicos atores que tem até um certo
destaque são John Leguizamo, Ike Barinholtz e os veteranos Dianne Wiest e James
Brolin, que por sinal ainda não descobrimos o porque aceitaram fazer esse
filme.
A trilha sonora
do filme não traz nenhuma música memorável ou conhecida e a fotografia do filme
é mais da mesma.
Irmãs acerta em tentar
querer conversar com o público mais velho, porém erra ao usar as piadas que o
público jovem conhece. Em diversos momentos soa como falso, repetitivo e
cansativo, devido a sua longa duração, são quase duas horas de filmes. Se você
procura um filme para se divertir, dar risadas e desligar a mente, até pode ser
que você goste dele mas quem sabe você não encontre outros filmes mais
atrativos que esse.
Nota: 6.0/10
Como todo bom filme de festa, tudo sai do controle com rapidez. Bebidas lícitas logo viram drogas ilícitas e a festa das irmãs Ellis toma proporções imensuráveis. Maya Rudolph é uma atriz preciosa que geralmente triunfa nos seus filmes. Recém a vi em Emoji Filme, inclusive a passarão em TV, sendo sincera eu acho que a sua atuação é extraordinário, em minha opinião é a atriz mais completa da sua geração, mas infelizmente não é reconhecida como se deve.
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