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Critica - Caçadores de Emoção: Além do Limite


Existem certos filmes que não precisavam ganhar remake, afinal eles foram importantes demais para uma época ou marcaram uma geração. Esse é o caso do remake desnecessário de Caçadores de Emoções, filme de 1991 que trazia uma novata Kathryn Bigelow e um Keanu Reeves prontos para alcançar o sucesso. Apesar de não ter sido um grande sucesso de bilheteria, o filme ganhou ares de cult quando foi lançado em VHS e depois nas suas constantes exibições na TV. Caçadores de Emoções: Além do Limite acaba fugindo da proposta do original e nos entregando um filme totalmente vazio.

 
A historia desse remake acompanhamos um jovem agente do FBI (Luke Bracey) tem como missão se infiltrar em meio a atletas de esportes radicais, suspeitos de cometerem uma série de roubos nunca vistos até então. Não demora muito para que ele se aproxime de Bodhi (Édgar Ramirez), o líder do grupo, e conquiste sua confiança.

 
Em seu segundo longa-metragem, Ericson Core, consegue nos entregar um trabalho totalmente diferente do que Bigelow fez em 1991. Aqui o resultado é quase catastrófico, para não dizermos coisa pior, afinal o filme em momento algum tenta ser igual ou criar o mesmo universo do longa original. Se podemos destacar algo da direção de Core é pelo seu trabalho de direção de fotografia, as cenas de ação são de tirar o fôlego.

 
O roteiro desenvolvido Kurt Wimmer é simplesmente previsível do começo ao fim, em diversas cenas sabemos o que vai acontecer e em outros momentos parece que estamos assistindo a um interminável comercial de esportes radicais. Se Wimmer pensava em firmar-se na indústri cinematografica, ele terá que rever depois de escrever esse roteiro.

 
O elenco é fraco e sem nenhum atrativo, a começar pelos dois protagonistas do longa: os atores Édgar Ramírez (dos longas Joy: O Nome do Sucesso e A Hora Mais Escura) e Luke Bracey (dos longas MonteCarlo e O Melhor de Mim), demonstram fraqueza em seus papeis como protagonistas. Ramírez, que conquistou a crítica na minissérie Carlos, parece estar no piloto automático e em momento algum conseguimos acreditar que ele faça parte de uma quadrilha enquanto que Bracey demonstra fraqueza desde o começo de sua carreira, aqui ele consegue esta pior. Se Reeves e Swayze tinham uma parceria muito boa em 1991, aqui não existe parceria, os dois atores não conseguem entrar em sintonia em momento algum. No restante do elenco temos os vetaranos Delroy Lindo e Ray Winstone, que praticamente estão desesperados por terem aceitado fazer parte de um filme desse tipo e no time feminino a presença de Teresa Palmer, não acrescenta em nada, já que a atriz está completamente apagada durante todo o longa.

 
A trilha sonora é praticamente composta por músicas eletronicas e em alguns momentos a trilha instrumental do longa parece soar repetitiva. 

 
Se ainda não tínhamos a primeira bomba de 2016 talvez Caçadores de Emoções: Além do Limite esteja aí para ocupar o espaço. Com quase duas horas de filme, parece que estamos assistindo a uma mistura de documentários do Canal Off e merchandising de energéticos e roupas de esportes radicais e não a um filme com uma história a ser contada. Se a ideia era atingir um público extremamente masculino e jovem, talvez eles tenham acertado porém de que adianta acertar de um lado e errar em quase todo o resto. Quer assistir a Caçadores de Emoções, assista ao original e não perca tempo vendo esse comercial chamado de remake.

Nota: 4.0/10

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