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Crítica: Creed - Nascido para Lutar


Quando foi lançado nos cinemas no inicio dos anos 70, a franquia Rocky jamais pensou que se tornaria uma duradoura e rentável série de sucesso tanto entre o público quanto pelos críticos.  Então quase 40 anos depois do lançamento do primeiro filme, chega aos cinemas o mais novo longa da franquia: Creed: nascido para Lutar. Esse é o sétimo filme e também serve como um reboot para a série.

 
A história nos leva a acompanhar a vida de Adonis Johnson (Michael B. Jordan), um jovem nunca conheceu o pai, Apollo Creed, já que ele faleceu antes de seu nascimento. Ainda assim, a luta está em seu sangue e ele decide entrar no mundo das competições profissionais de boxe. Após muito insistir, Adonis consegue convencer Rocky Balboa (Sylvester Stallone) a ser seu treinador e, enquanto um luta pela glória, o outro luta pela vida.

 
Dirigido pelo jovem Ryan Coogler, que tem em seu currículo apenas o elogiado Fruitvale Station, consegue levar para as telas uma filme de quase 2h20 que empolga e faz com que a gente sinta toda a essencia da franquia em um filme atual. As cenas de luta além de serem bem coreografadas e realistas, vão fazer os fãs dos longas anteriores entrarem literalmente para dentro do ringue.

 
Além disso o diretor também escreveu o roteiro do longa e ele nos consegue nos entregar uma história que não é só sobre um jovem em busca de seu maior sonho e sim sobre as lutas que todos enfrentam no dia a dia. Os diálogos são muito bem construídos, os personagens conseguem cativar e acima de tudo você consegue comprar a ideia proposta do filme. Em momento algum dizemos que Creed é um sequencia direta de Rocky, até porque você não precisa ter visto os outros filmes para entender a história do longa.

 
O elenco principal do filme tem o seu grande mérito. A começar pelo jovem astro Michael B. Jordan, que em nada lembra o ator inseguro no fracasso do ano passado Quarteto Fantástico. Podemos dizer que ele está em seu melhor papel até o momento, assim como a jovem Tessa Thompson, que faz seu par romântico. Além de talentosa, a atriz tem uma bela voz e seus momentos com Jordan funcionam muito bem. Agora quem merece todas as palmas e prêmios é Sylvester Stallone, quem está em seu melhor momento como ator. Não tem como imaginar qualquer outro ator fazendo esse personagem e aqui em Creed, acompanhamos um outro lado do ator jamais vista. Se hoje ele tem o seu primeiro Globo de Ouro, é por mérito ao papel e também ao roteiro desenvolvido por Coogler.


A trilha sonora seja talvez o ponto mais fraco do filme, já que o diretor abusou de todas as maneiras possíveis do hip-hop. Em nada lembra a iconica trilha sonora dos demais filmes, essa aqui certamente vai passar batida.

 
Creed: Nascido para Lutar é uma grata surpresa tanto para os fãs quanto para os que nunca acompanharam os filmes anteriores da série. Inteligente, encorajador e com uma bela lição de vida, é o tipo de longa que vai levar as plateias a vibrarem na sala de cinema. Suas quase 2h20 passam muito rápido devido ao seu ritmo ágil e viciante. Creed certamente é um novo gás para uma franquia que muitos achavam que havia acabado.

Nota: 9.5/10

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