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Crítica - Pai em Dose Dupla


Quando vamos assistir a alguma comédia que envolva o tema família podemos esperar os velhos clichês ou até mesmo aquelas velhas situações clássicas que precisa ter nesses tipos de filme. Mas quando o longa resolve juntar tudo que já existiu em alguns desses produtos e coloca-lo para criar a sua própria história, o resultado não poderia ser outro, que um filme fraco. Esse é o caso da comédia Pai em Dose Dupla, estrelada por Will Farrell e Mark Wahlberg. 


A trama acompanha Brad (Will Ferrell), um executivo de uma uma rádio e que se esforça para ser o melhor padrasto possível para os dois filhos de sua namorada, Sarah (Linda Cardellini). Mas eis que Dusty (Mark Wahlberg), o desbocado pai das crianças, reaparece e começa a disputar com ele a atenção e o amor dos pimpolhos. 

 
Dirigido por Sean Anders, o mesmo que comandou as péssimas comédias Este é Meu Garoto e Sex Drive – Rumo ao Sexo, consegue nos entregar um trabalho bem fraco e sem nada de novidade. A direção dele é simples, não aposta em grandes planos, até porque não há necessidade mas a maneira que ele resolve contar a história da disputa dos dois pela atenção das crianças, soa um tanto quanto imatura e superficial. 

 
O roteiro desenvolvido pelo Brian Burns, o próprio Sean Anders e John Morris, é simplesmente uma mistura de diversos filmes da sessão da tarde porém com piadas mais agressivas (talvez algumas piadas tenham sido mudadas para atingir o público mais novo na versão dublada). Praticamente sabemos o seu começo, meio e fim fora que diversas situações que soavam como engraçadas no trailer aparentemente não são assim quando assistimos no filme. 

 
O elenco traz poucos nomes conhecidos sendo que os dois grandes destaques são os papais vividos pelos atores Will Farrell e Mark Wahlberg, que repetem aqui a parceria iniciada em Os Outros Caras. Diferente daquele longa de 2010, aqui os pais parecem estarem obrigados a serem engraçados e em momento algum conseguimos comprar as ideias de seus personagens. Will Farrell continua sendo o mesmo personagem meio retardado, meio infantil que no fundo sabemos que ele não é nem um e nem outro. Não sabemos ao certo quem disse ao ator que ele era engraçado pois seus últimos longas estão aí para provar o contrário. 


Já Mark Wahlberg não sabemos ao certo porque aceitou participar desse projeto, o ator que se saiu super a vontade em Ted, aqui prova ao contrário e soa como se estivesse sendo obrigado a fazer aquele papel. Não tem como acreditar que ele é o bad boy só porque dirige uma moto e tem o cabelo meio longo. As cenas que os dois personagens começam a travar uma disputa para conseguir a atenção das crianças não é nada engraçada e por diversas vezes é vergonhosa. 

 
Linda Cardellini (a Velma da adaptação para os cinemas de Scooby Doo) está ok, afinal nunca foi uma atriz muito importante então qualquer papel para ela está mais do que bom. Já as participações de Thomas Harden Church, John Cena e a top model Alessandra Ambrosio dispensam comentários, uma vergonha alheia total. 

 
A trilha sonora é até certo ponto agradável, não incomoda e em momento algum soa como irritante. 

 
Pai em Dose Dupla é uma comédia que poderia se sair muito melhor se não fosse os seus erros grotescos no roteiro. Repleto de clichês e situações que já assistimos em outros filmes, transforma a curta duração (1h36) em uma sessão interminável. Provavelmente não faltaram comédias ou outros longas para assistir com a família nessas férias, então esperem e fujam desse completo desastre. 

Nota: 5.0/10

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