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Críticas

Crítica - A 5ª Onda


O mercado cinematográfico de Hollywood encontrou duas galinhas de ouro em termos de arrecadações de bilheteria: Os super-heróis e também as adaptações de livros voltados para o público adolescente. Essa febre que começou com o sucesso de Crepúsculo em 2008, hoje é responsável por transformar livros em grandes e rentáveis franquias de sucesso nas telonas, tais como: a própria A Saga Crepúsculo, Maze Runner, Jogos Vorazes, Harry Potter e A Série Divergente. Mas temos que ser sinceros que não são todas as adaptações que conseguem ter o sucesso entre o público, diversas séries tiveram apenas o primeiro livro adaptados e logo na sequencia suas continuações foram canceladas, como os fracassos de Dezesseis Luas, Ender’s Game, Os Instrumentos Mortais (porém a série de livros transformou-se em um seriado para a televisão), Percy Jackson, Academia de Vampiro e até mesmo Desventuras em Série (Assim como a outra série citada, essa ganha um seriado previsto para o final do ano na Netflix). E agora falando sobre adaptações, a primeira que chega as telas do cinema em 2016 é A 5ª Onda e podemos dizer que ela cumpriu bem o prometido. 

A história mostra que a Terra repentinamente sofreu uma série de ataques alienígenas. Na primeira onda de ataques, um pulso eletromagnético retira a eletricidade do planeta. Na segunda onda, um tsunami gigantesco mata 40% da população. Na terceira onda, os pássaros passam a transmitir um vírus que mata 97% das pessoas que resistiram aos ataques anteriores. Na quarta onda, os próprios alienígenas se infiltram entre os humanos restantes, espalhando a dúvida entre todos. Com a proximidade cada vez maior da quinta onda, que promete exterminar de vez a raça humana, a adolescente Cassie Sullivan (Chloe Grace Moretz) precisa proteger seu irmão mais novo e descobrir em quem pode confiar. 

 
O responsável por comandar a adaptação é o inglês J Blakeson e podemos dizer que o diretor captou a alma e a essência do livro de Rick Yancey’s, pois todo aquele clima claustrofobia, desconhecido e assustador está presente em tela. O diretor opta por tomadas ágeis e dinâmicas, fazendo com que a plateia fique tensa e com os olhos fixos para o que está acontecendo em tela. 

 
O time de roteiristas composto por Sussanah Grant, Akiva Goldsman e Jeff Pinkner souberam muito bem adaptar a história pro cinema. Para quem leu o livro vai perceber o quanto fiel ele está, mesmo quando alguns fatos importantes pra trama tenha deixado de lado, nada prejudica ela. 


A escolha do elenco é um ponto a parte do longa, devido que alguns personagens perderam a personalidade que tinham no livro. A começar pela escolha de Chloe Grace Moretz, que interpreta a nossa protagonista Cassie. No livro Cassie é uma personagem mais forte, mais fechada e durona, diferente do filme onde ela aparenta ser forte porém ela em diversas situações é muito mais frágil, fora que a atriz não está em seu melhor momento, pois abusa dos carões em diversas cenas. Nick Robinson, que conquistou a fama ao protagonizar o sucesso do ano passado Jurassic World, está sob medida como Ben Parrish. O personagem tanto no livro quanto no filme estão corretos, poucas coisas de sua personalidade mudaram. Alex Roe, que interpreta o interesse romântico de Cassie, Evan Walker, é exatamente como pensamos no livro. O ator parece que caiu como uma luva e a química entre ele e Chloe funciona muito bem. Seria ele o novo galã dessa geração? Não sabemos mas as meninas certamente vão querer ver ele mais e mais nas telas do cinema. O elenco adulto que é encabeçado por Ron Livingston, Maria Bello e Liev Schreiber estão tecnicamente corretos e pouca coisa mudou entre suas personalidades. 
 

A trilha sonora do filme é boa com destaque para a canção Alive, da cantora Sia, tocada durante os créditos finais. Funciona muito bem para a temática do longa e se não tivesse sido lançada antes dele, poderíamos dizer que ela quase que foi escrita para estar presente nele. 

 
Talvez o que deixe a desejar são alguns efeitos especiais mas convenhamos que já vimos efeitos muito piores em outras produções, aqui talvez duas ou três cenas tenham esse selo de efeito ruim porque o resto estão muito bem. Um ponto que vale destacar é que o filme poderia ser lançado em 3D mas pelo bem da nação e também do filme, a ideia foi descartada logo no começo. Olhando hoje podemos dizer que não seria necessário, já que a produção não traz nada de especial para fazer a conversão. 

 
A Sony ainda não se pronunciou a respeito das duas sequencias do filme: Mar Infinito e A Estrela Perdida, mas dependendo da bilheteria do filme quem sabe não tenhamos a primeira franquia adolescente do estúdio. 

 
A 5ª Onda promete agradar aos fãs e aos que também não conhecem a franquia, pois tem uma história que mantém a atenção do público desde o começo até os minutos finais. Não é um filme voltado para o público mais jovem devido a sua violência mas os adolescentes que estão órfãos de Jogos Vorazes ou que esperam a primeira parte da conclusão de Divergente, podem encontrar seu mais novo Guilty Pleasure com A 5ª Onda.

Nota: 8.0/10

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