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Crítica: A Ilha da Fantasia


Michael Peña, Lucy Hale e Maggie Q estrelam remake fracassado de série dos anos 70


Para quem nasceu na década de 70, muito provavelmente deve se lembrar do seriado A Ilha da Fantasia, produzida entre 1978 e 1984. Nela os protagonistas, Sr. Roarke (Ricardo Montalban) e seu fiel gerente, Tattoo (Hervé Villechaize). A fórmula do seriado era muito básica e simples: Tattoo anunciava a chegada dos hóspedes a ilha e o Sr. Roarke os recebia e os apresentava para os espectadores revelando a fantasia atendida. Pois passados quase 35 anos da estreia do seriado, A Ilha da Fantasia retornou aos cinemas esse ano e trouxe elementos de terror. Apesar da nova abordagem, infelizmente a nova ideia acaba afundando de vez a ilha para sempre.



A trama do filme apresenta o enigmático sr. Roarke que transforma os sonhos secretos dos convidados sortudos de sua ilha tropical em realidade. Mas quando as fantasias se transformam em pesadelos, os convidados terão que resolver o mistério da ilha, pois só assim conseguirão sair de lá com vida.


A direção de Jeff Wadlow (do péssimo Verdade ou Desafio) é completamente equivocada e diferente do seu longa anterior, onde conseguiu trazer algum tipo de violência gráfica, nem isso ele conseguiu repetir aqui. Em momento algum o roteiro, que por sinal também é assinado por ele, consegue assustar o espectador. Wadlow conseguiu com maestria transformar uma boa ideia em um verdadeiro show de horror, no pior sentido.


Se formos escolher o verdadeiro vilão do filme, ele seria o roteiro, afinal é dele a culpa da morte do longa inteiro. O elenco acaba sendo guiado para nenhum lugar, quando as regras da ilha são apresentadas e logo na sequência elas já são ignoradas, os diálogos são tão sem graça e tão expositivos que se tornam chatos. E sobre o final....É SÉRIO!!! Os roteiristas tentando criar uma reviravolta marcante acaba piorando o que já estava ruim. O roteiro ainda peca no ritmo que dá a trama, quando precisa preparar o terreno e ir devagar para apresentar a trama para o público, acaba acelerando a trama e os momentos acabam sendo frenéticos, o que não condizem com os momentos apresentados e quando precisamos que a trama ganhe mais agilidade, o roteiro resolve ir a passos lentos. Além disso, as fantasias dos hóspedes são muito mal executadas.


 O único ponto positivo do longa seriam as belas paisagens escolhidas, principalmente tratando-se de um longa de terror, que infelizmente não assusta, aterroriza ou faz com que a gente se importe com qualquer protagonista.


Sobre o elenco, nunca vimos nos últimos anos tanto desperdício de um elenco. Michael Peña (Dora e O Tesouro da Cidade Perdida) sempre conseguiu se sair muito bem em seus trabalhos, até mesmo naqueles que eram duvidosos, porém aqui ele está em seu pior momento. O restante do elenco traz os nomes de Maggie Q (da franquia Divergente), Austin Stowell (do ótimo Ponte de Espiões), Mike Vogel (da série Under The Dome) e nem mesmo a presença de Lucy Hale (das séries Pretty Little Liars e Katty Keene) consegue salvar essa bomba.


A Ilha da Fantasia é disparado um dos piores filmes de terror desse primeiro semestre e talvez do ano. Não assusta e não diverte, em tempos de quarentena a fantasia do titulo é tentar esquecer esse filme.


Nota: 0/10

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