Quando foi produzido
em 1984, Noite do Terror (Black Christmas) foi considerado por
muito como o precursor dos filmes slashers, tanto por sua brutalidade quanto
por apresentar uma história focada em um determinado período: o Natal. Passados
vinte e dois anos, Hollywood realizou a primeira refilmagem do longa, que ganhou
dessa vez o nome de Natal Negro e trazia a mesma premissa do original,
porém agora com muito mais brutalidade. Com o fracasso tanto de público quanto
da crítica, a franquia foi enterrada de vez, mas treze anos depois dessa versão
e trinta e cinco anos do original, a Blummhouse trouxe no final do ano passado
uma nova versão e infelizmente eles não conseguiram resgatar a franquia de vez.
A trama acompanha Riley
e suas amigas se preparando para celebrar o Natal, mas tudo mudo quando um
perseguidor mascarado começa a matar as mulheres da irmandade e elas precisam
lutar pelas suas vidas.
Quem assume a vez da
direção dessa nova versão, é a primeira mulher a dirigir um longa-metragem de
terror da Blummhouse, Sophia Takal, e infelizmente ela não consegue apresentar
nada de novo em um filme do gênero.
Takal já havia
informado para imprensa que quando aceitou o desafio de comandar a nova versão
do clássico de terror, ela traria a visão feminina para esse universo. Porém o
que ninguém esperava era que ela transformaria o filme em um caça níquel feminista.
O roteiro
desenvolvido por ela e April Wolfe não conseguem convencer em momento algum e a
todo momento fica a sensação que ambas querem que o público compre a ideia de
que as protagonistas são fortes. Mas o que Wolfe e Takal acabam realizando é um
excessivo discurso feminista e passam a demonizar todos os homens que fazem
parte da produção. Nenhum deles presta, todos tem que pagar caro pelo erro ou equívoco
que realizaram alguma vez com alguma personagem e pior, é que nas muitas vezes
isso é repetido demasiadamente. Fora que quando elas quando se juntam, é quase
uma disputa para descobrirmos qual é a mais insuportável do grupo.
O elenco é
praticamente desconhecido, trazendo apenas a atriz Imogen Poots (do inédito Vivarium)
como a mais conhecida do grande público. Todas as garotas, incluindo Poots, são
extremamente chatas, cansativas e só conseguem despertar uma coisa no público:
raiva. Elas não conseguem convencer em nada e quando precisam demonstrar alguma
atitude mais forte, elas fazem isso com caras e bocas.
Uma coisa que podemos
notar na diferença das duas versões é a presença de sangue: enquanto na versão
de 2006 foi muito mais cruel e sanguinolenta, aqui mal conseguimos vê-lo em
tela.
O ato final consegue
apresentar uma reviravolta tão ridícula que chega a dar vergonha em todos que
estão assistindo.
Natal Sangrento é um compilado de péssimas ideias, somado a uma direção equivocada e um roteiro que acaba não levando a lugar nenhum. A ideia
de realizar uma versão mais feminista do clássico de 1984 é jogada pelo ralo e
enterra de vez a franquia no cinema.
Nota: 0/10
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