O Brasil teve alguns anos atrás uma onde de filmes espíritas e que
rendeu grandes sucessos de bilheteria, tais como: Nosso Lar, Chico Xavier e As
Mães de Chico Xavier. Eis que passado algum tempo, novamente somos apresentados
a mais um filme do gênero, Divaldo – O Mensageiro da Paz, cinebiografia
de Divaldo Franco.
Nascido em Feira de Santana (Bahia), desde criança já percebia que havia
algo diferente ao seu redor, coisas que ainda não compreendia, que o assustava.
E assim o filme nos é apresentado. De família religiosa, Divaldo teve que, bem
cedo revelar seu dom, causando repulsa por parte das pessoas, ao mesmo tempo
que aguçava a curiosidade delas. Acompanhamos a vida do médium em três fases:
infância (vivido por João Bravo), adolescência (Ghilherme Lobo) e adulta (Bruno Garcia),
transitando desde o medo do desconhecido até o descobrimento de seu dom e o
sentido de sua vida.
Logo de cara podemos notar que o roteiro surge bastante apressado,
bombardeando o público com muitas informações, cortes rápidos e uma noção de
tempo um tanto quanto confusa e perdida. Os pontos relevantes da mediunidade de
Divaldo são apresentados de uma maneira bem rasa, e acaba que somos
apresentados para o jovem já na fase adolescente. Nessa fase, Divaldo está bem
mais confuso, porém, depois de sofrer uma perda próxima, a vida dele acaba mudando
para sempre.
Clóvis Mello, diretor do longa-metragem, acaba optando por dar uma
prioridade maior a fase jovem e com isso visando explorar mais os detalhes do
seu roteiro, mesclando com as responsabilidades que este já estava fazendo na
mediunidade, porém acaba que o que é mostrado em tela é muito didático e nem
sempre soa tão natural. Além disso o roteiro acaba apresentando uma variação muito grande de
ritmo e isso o público consegue notar diante das repetições de algumas frases
repetitivas em excesso.
As atuações estão dentro da medida, apenas dois atores conseguem ganhar
um destaque maior. Regiane Alves e Marcos Veras dentro de seus personagens que
acompanham Divaldo durante o longa inteiro, Regiane é a que consegue ter uma
atuação mais sensível, enquanto Veras consegue ter uma atuação bastante
diferente do que o próprio ator está acostumado a realizar. Dos três atores que
interpretam o médium Divaldo Franco, Ghilherme Lobo consegue
trazer uma grande sensibilidade enquanto Bruno Ferrari consegue juntar todas as
pontas soltas dos atos iniciais. Porém o grande destaque do longa é a atriz Laila
Garin, que traz uma emoção única e que consegue levar a plateia às lagrimas com
sua Dona Ana, uma mulher forte e que ao mesmo tempo é insegura, por não
conseguir entender o que está acontecendo com o filho.
Divaldo – O Mensageiro da Paz é um filme que certamente vai emocionar o
público alvo. Prepare-se para ter os últimos cinco minutos mais emocionantes
que você verá esse ano.
Nota: 7.0/10
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