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Críticas

Crítica: Como se Tornar um Conquistador


Eugenio Derbez não é muito conhecido aqui no Brasil, talvez seu maior sucesso tenha sido o longa “No Se Acepta Devoluciones”, filme rendeu esse ano um remake francês chamado “Uma Família de Dois”. Eis que somos surpreendidos por mais um filme do ator estar chegando em grande circuito aqui no país, na próxima quinta-feira, o longa “Como se Tornar um Conquistador”.


A história acompanha Máximo (Eugenio Derbez), um mulherengo que ganha a vida se casando com senhoras milionárias. A história começa quando sua atual namorada o coloca pra fora de casa sem um tostão no bolso, fazendo-o ir morar com sua irmã e sobrinho.


O longa segue à risca a cartilha dos filmes água com açúcar, que estamos acostumados a assistir. Ele nos apresenta a trama central e pouco a pouco vai desenvolvendo ela. É divertido, carismático e muito provavelmente o público irá rir de algumas piadas.


Eugenio Derbez novamente repete a mesma essência do personagem interpretado em “No Se Acepta Devoluciones”, o típico mulherengo, que só pensa em si próprio e que acredita que não precisa de muitos esforços para conseguir as coisas na vida. Mesmo sendo bem previsível, é bacana ver a evolução do personagem no decorrer da história, até a metade do longa muitos vão achar um personagem chato e quase impossível de torcer, mas algumas mudanças vão apresentando um outro lado de Maximo.


Uma dessas mudanças é o menino Hugo, interpretado pelo jovem ator Raphael Alejandro, que consegue ter uma ótima química em cena com Derbez e nos entrega cenas divertidas e emocionantes. A relação paternal que os personagens vão construindo é muito boa e consegue ser o grande ponto alto do filme. É muito interessante ver a maneira que o roteiro trabalha as lições, o dia a dia dos dois e como eles vão se conectando um com outro. Se um aprende a ser mais humano, o outro aprende a ter coragem de enfrentar os próprios medos.


A atriz Salma Hayek, que estava desaparecida já fazia um bom tempinho das telas, volta novamente em um papel da mãezona. Aqui ela serve como a voz da razão pra o personagem e principalmente a que o incentiva de colocar sua vida nos eixos, assumir uma responsabilidade e principalmente passar a enxergar certas situações com outros olhos. Derbez e Hayek conseguem passar toda a química de irmãos e nos entregam realmente bons momentos.


Agora não podemos falar tão bem da participação do ator Rob Lowe, que dá vida ao melhor amigo do protagonista. É um papel tão superficial, tão fraco e tão amador, que qualquer ator poderia fazer. Além disso, Lowe parece que ligou o piloto automático da atuação.


No geral, Como se tornar um Conquistador traz uma trama familiar escondida no meio de uma comédia divertida e previsível.


Nota: 6.0/10

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