Não é preciso dizer que a Marvel conseguiu mudar a forma que vemos os
filmes de super-heróis, afinal a cada novo lançamento do estúdio acaba se
tornando um grande evento. Encerrando todo esse universo visto ao longo dos 11
anos de MCU, Homem-Aranha: Longe de Casa consegue selar definitivamente
esse conceito. A nova sequência do herói da vizinhança é rica em humor,
aventura, romance e drama, o que acaba transformando este em um dos melhores
filmes do super-herói.
Homem Aranha: Longe
de Casa começa logo após os eventos de Vingadores:Ultimato. Após
o blip (termo usado para explicar a situação criada pelo estalar de
dedos do Thanos) Peter Paler convive com o luto e o peso de ser o substituto do
Homem de Ferro e decide viajar por duas semanas pela Europa, ao lado de seus
amigos de colégio, para espairecer. Quando é surpreendido pela visita de Nick
Fury. Convocado para uma missão heroica, ele precisa enfrentar vários vilões
com a ajuda de um novo herói: Mystério.
O primeiro ato do
filme é bastante divertido e bem explicativo. De cara temos uma das melhores
aberturas desse universo cinematográfico, onde existe uma homenagem aos
personagens que morreram (embalados a trilha sonora de I Will Always Love You),
além de explicar como o mundo está depois da volta de quem foi apagado por
cinco anos. A trilha sonora ajuda a compor diversos momentos divertidos e leves
desse primeiro ato, um dos vários acertos de Jon Watts que comanda essa
produção.
O roteiro consegue
desenvolver todo o arco dramático do herói sem aparentar ser piegas e existem
diversas homenagens a persona de Tony Stark (Robert Downey Jr.), que certamente
fará o público ir às lágrimas. O filme basicamente mostra uma evolução não só no
sentido pessoal quanto também de herói do jovem Parker. O segundo ato, podemos
dizer que está mais voltado para o drama e traz uma abordagem um tanto quanto
diferente, o psicológico do nosso herói, que foi ao espaço, perdeu grandes
amigos e voltou à vida. Como dito logo acima, Peter Parker amadurece como pessoa
e como herói, algo que seria necessário e que nunca ocorreu em seus filmes
anteriores. Fora que o longa mescla com clareza o drama e os momentos de humor,
sem em momento algum quebrar o ritmo da projeção.
O terceiro ato é
basicamente toda as cenas de ação que possamos imaginar, é tiro atrás de tiro.
É inevitável dizer que todas as cenas de ação vistas aqui são consideravelmente
superiores a qualquer longa da franquia. As cenas envolvendo o Mysterio são originais
e surpreendentes, fora que o ritmo das cenas é frenético e a cena final que
acontece em Londres é de deixar todos boquiabertos. Porém algumas cenas podem
ser um pouco “decepcionantes” por conta de um CGI bastante artificial, mas nada
vai atrapalhar a experiência do filme.
O elenco está ali
para dar o melhor de si e brilharem. Tom Holland (O Impossível) retorna
com tudo nessa sequência e consegue encantar ainda mais com o seu carisma. Jake
Gyllenhaal (O Dia depois de Amanhã) traz o melhor personagem do universo
MCU, seu Quentin Beck/Mysterio é surpreendente. O personagem tem suas
motivações bastante convincentes para o que está sendo proposto. Porém no meu
ponto de vista, a maneira que ele foi inserido dentro do filme é bastante
forçado, mas certamente vamos nos surpreender bastante com ele. A química entre
Holland e Gyllenhaal é excelente. Samuel L. Jackson (Vingadores: Ultimato)
rende momentos hilários que lembram muito a relação de Nick Fury com Peter
Parker no desenho Ultimate Spider-Man. Ah, e sobre esse personagem:
PREPAREM-SE para ficarem SURPRESOS/CHOCADOS/CONFUSOS. E por último nossa amada
Zendaya que brilha com toda a acidez e fofura de MJ.
Homem-Aranha: Longe
de Casa fecha com chave de
ouro essa saga do Infinito. Conseguindo ser um filme superior ao primeiro e nos
entregando aqui uma trama inteligente, divertida, emocionante e madura.
Nota: 9.5/10
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