Um
dos mais notórios casos de homicídios no século XIX ganha uma nova abordagem
para as telas do cinema e traz no elenco as atrizes Chloë Sevigny e Kristen Stewart
em Lizzie.
Em 1892, Lizzie Borden foi acusada de assassinar
seu pai e madrasta depois que ambos foram encontrados mortos em sua casa.
Borden, cuja conduta após a morte de seus pais foi considerada por alguns como
“estranha” em sua falta de emoção e que era conhecida por ter um relacionamento
tenso com sua família, foi presa e indiciada por um grande júri. Em 1893, ela
foi absolvida dos assassinatos, pois as provas apresentadas contra
ela eram em sua maioria circunstanciais. Mesmo assim, Borden se tornou uma
sensação nacional e seu julgamento, um circo midiático para a época, foi
descrito pela revista TIME como “um negócio maior do que a Feira do Mundial”
daquele ano.
A
história de Borden serviu ao longo dos anos como material de origem para
musicais, uma minissérie baseada na vida da jovem e eis que agora, o filme que
retrata essa misteriosa mulher como uma vítima do patriarcado e também do
machismo. Em Lizzie podemos notar que existe uma distorção da imagem de Borden,
já que aqui os “culpados” são sempre os homens, como é o caso do pai da jovem
que é um homem extremamente controlador e cruel, cuja as ações acabam sendo
enlouquecedora e até mesmo restringente.
Foram
quase uma década para que a atriz e produtora Chloë Sevegny sonhava em trazer
uma das histórias mais conhecidas dos Estados Unidos para as telas do cinema e
que por sinal, acaba sendo até mesmo uma investigação mais profunda sobre o
crime do machado. Como se trata de um projeto bastante pessoal, Sevegny focou
bastante na personagem principal e também em sua bondade.
Podemos
dizer que Lizzie é um projeto
audacioso que acaba dando certo no final, mesmo com alguns tropeços. As
atuações estão realmente boas e claro, consegue dar um novo olhar a uma velha e
conhecida história.
Nota: 7.0/10
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