Não é preciso dizer que o avanço da globalização e da tecnologia acabaram
trazendo entre outras coisas a aproximação entre pessoas de continentes
isolados, o que deixa a sensação que somos parte de uma mesma história. É mais
ou menos esse conceito que o diretor Dan Fogelman a escrever A Vida em Si, uma trama que se passa em
diversos locais e em momentos diferentes e onde todas as suas ações estão
conectadas.
No filme o casal Will (Oscar Isaac) e Abby
(Olivia Wilde), tem sua trajetória de vida contada desde as ruas de Nova York
onde viviam até a Espanha em diferentes épocas e através de acontecimentos
marcantes que conectaram toda trama que envolve a história do casal.
O conceito do longa-metragem é muito interessante, já que ele acaba prendendo
a atenção do espectador diante dos acontecimentos, porém o grande problema do
filme é que o roteiro em determinados momentos acaba sendo confuso, previsível e
até mesma cansativo para apresentar o seu desfecho.
Dan Fogelman acaba colocando o arco dramático do filme em uma
perspectiva muito complexa e que deixa aquela sensação que não era necessária
para sua apresentação. Mesmo assim o elenco formado por Oscar Isaac (Star Wars: O
Despertar da Força), Olivia Wilde (Tron: O Legado), Olivia Cooke (Jogador Nº 1),
Laia Costa (Palmeiras sob a Neve), Alex
Monner (Pulseiras Vermelhas) e
as participações especiais de Antonio
Banderas (A Lenda do Zorro) e Annette Benning (Beleza Americana) fazem com que o público esqueça alguns problemas
que existem no longa, pois todos conseguem se sair bem devido ao carisma que
seus personagens apresentam.
O filme é corajoso em apresentar certas passagens da história, porém a romantização
da trama, pode deixar aquela sensação de estarmos diante de uma novela mexicana
do SBT, mas para quem gosta certamente vai embarcar sem medo nessa jornada.
A parte técnica do filme é impecável desde a sua direção de arte,
passando pelos figurinos, trilha sonora e principalmente sua fotografia, o que
acaba se sobressaindo diante dos equívocos na direção e no roteiro.
A Vida em Si tem seus acertos e
erros, mas o seu saldo final é positivo. Com histórias que poderiam estar
acontecendo nesse exato momento, fica fácil se identificar e torcer por aquele
ou aquela personagem. Um filme que vai mexer com quem se envolver de verdade
com a sua história.
Nota: 8.5/10
0 Comments:
Postar um comentário