Com um título um tanto quanto “estranho” assim por se dizer, Acrimônia nada mais é que uma maneira
tão insonsa e canastrão de desperdiçar o potencial de uma atriz de primeira
linha.
Melinda (Henson) é uma esposa que faz tudo pelo marido
desde de pagar por um carro apenas por comodismo dele até mesmo trabalhar em 2
empregos enquanto ele foca em seu projeto paralelo, a criação de uma bateria
inovadora. Até que depois de mais de 15 anos eles se separam e ela entra numa
espiral de paranoia e loucura quando descobre que além dele ter ficado rico por
vender seu projeto, também está noivo de uma mulher com que ele já a traiu em
outra oportunidade.
Acrimônia é aquele tipo de
filme onde temos o prazer de nos divertir e nos manter preso a sua história,
graças a sua montagem e edição que fazem com que o espectador tenha que
decifrar o que vai acontecer ao longo da trama, porém todos que estão
assistindo sabem que nada daquilo é mais do mesmo e de uma maneira bem
preguiçosa e bem ruim.
Ao longo do filme o público vai podendo encontrar uma certa mistura de Revenge (seriado de sucesso da ABC
entre os anos de 2011 e 2015) e alguns outros filmes de temática parecida (tais
como Obsessiva e Paixão Obsessiva). O que diferencia
aqui é basicamente a atuação de Taraji
P. Henson, que mesmo diante de falas dignas de novelas mexicanas, consegue
arrancar uma atuação afiada e transmitir todo aquele sentimento que envolve sua
personagem para o público.
O roteiro desenvolvido também pelo diretor Tyler Perry é muito irregular e acaba gastando tempo demais em
querer casar todas as informações sobre a vida dos dois e quando realmente
chega nos tempos atuais, acaba tendo muito pouco tempo em tela e deixando
aquela sensação de que tudo está muito corrido e mal explicado.
Além disso as duas horas de duração do filme acabam sendo um exagero sem
fim, pois em diversos momentos parecem que as cenas se repetem várias e várias
vezes.
Acrimônia sem sombra de dúvidas
é um desperdiço de atuação de Taraji P.
Henson e falha em todos os sentidos ao tentar ser levado à sério, porém
todos nós sabemos que esse tipo de história não tem como.
Nota: 4.5/10
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