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Crítica: Liga da Justiça


Não é preciso dizer que a DC instaurou em seus próprios fãs uma grande insegurança e dúvidas por oscilar em seu universo cinematográfico. Desde o ano passado, eles nos apresentaram os desastres como Esquadrão Suicida e Batman vs Superman, porém esse ano eles conseguiram se redimir acertando com Mulher-Maravilha. Eles possuem boas histórias para apresentar ao público, porém quando chega na hora de executa-las, simplesmente elas são apresentadas de uma maneira errada.


O grande erro da DC está sendo tentar competir com a Marvel e correr atrás dos prejuízos, principalmente depois do reconhecimento da marca no cinema e também pelo sucesso como Os Vingadores e Capitão América: Guerra Civil, filmes que marcou o encontro dos heróis em dois filmes de sucesso.


Só que diferente da Marvel, a DC não quis ter calma para poder construir o momento certo de unir e apresentar a Liga da Justiça. A Marvel lançou e apresentou seus três heróis em filmes solo, para somente depois trazer o universo de Os Vingadores para os cinemas, enquanto isso a DC lançou apenas Superman, Batman vs Superman (no qual introduz o personagem Batman de uma maneira bem precária) e Mulher-Maravilha, que se fosse melhor planejado deveria ter sido apresentado antes de Batman vs Superman.


Essa falta de planejamento se reflete em quase meia hora de projeção para poder apresentar seus três novos personagens (Aquaman, Flash e Cyborg) que compõe a Liga.


É muito interessante observar que sem apresentar um filme solo desses personagens, fica muito difícil manter uma relação de empatia, pois não sabemos ao certo seus poderes e também a sua personalidade. Ou seja, a expectativa de quem está assistindo acaba sendo diminuída e principalmente por estarem curioso de saber como as personalidades tão diferente iriam interagir juntos. Sabe quando estamos assistindo aos Vingadores e em diversos momentos nos pegamos dizendo: “Isso é tão típico do Capitão América” ou “Cadê o Homem de Ferro pra ajudar”, essas frases não existem na Liga da Justiça, porque em momento algum fica claro da complexidade dos seus personagens.


O Cyborg por exemplo, ainda está na fase de descobertas dos poderes e rende aquelas cenas típicas de quando um herói está se adaptando a essa mudança. Como o Batman e a Mulher-Maravilha podem querer recrutar um time onde os heróis ainda não estão totalmente à vontade com seus poderes e não possuem nenhum treinamento se quer.


O Flash, que apesar de ser um dos grandes acertos do filme, mais parecia uma versão infantilizada do Peter Parker, de Homem-Aranha: De Volta ao Lar, onde o personagem parecia estar numa mistura de crise de ansiedade e de identidade. As mesmas piadas que o personagem de Tom Hollland no novo Homem-Aranha, aqui soa como falso aqui. Tudo é motivo de deslumbrante e um festival de piadas sem graças. Mesmo que algumas funcionem, outras acabam prejudicando momentos dramáticos que funcionariam melhor. Toda vez que ele entra em cena, já ficamos esperando a piadinha que ele vai soltar.


O Aquaman é o que menos usa o seu poder em cena e só inventaram aquela cena de Atlântida para podermos entender qual é o seu verdadeiro poder.


Não precisamos dizer que não é nenhuma novidade a volta do Superman, afinal os produtores estragaram isso no final de Batman vs SupermanSe vocês esperam uma briga entre os dois, podem ficar aliviados que tem uma única cena, mas ela é bem vergonhosa e novamente vem uma desculpa esfarrapada para ambos pararem de brigar.


A fotografia do filme é inconstante e não possui nenhuma identidade visual, a cada cena ela vai mudando drasticamente junto com os efeitos especiais e não precisamos dizer que algumas cenas parecem terem saído de um jogo de videogame.


São vários pontos que precisam ser melhorados na Liga da Justiça, as diversas falhas no roteiro, as frases mais que prontas saindo da boca dos personagens e o desperdiço do talento do elenco. Faltou muita química entre os heróis e principalmente, faltou ter uma identidade própria. Acho que a DC precisa urgentemente dispensar Zack Snyder da direção e deixar um novo nome comandar, para tentar salvar esse universo, que já está quase perdido.


Sobre o 3D: PASSEM BEM LONGE! Não existe e será a mesma experiência que você assistir em 2D.


Liga da Justiça é um filme totalmente esquecível, mas é ao nível do que estamos acostumados a encontrar em produções da DC. Certamente as crianças vão adorar esse filme, afinal os personagens dialogam no mesmo nível mental que elas.

Nota: 5.5/10

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