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Crítica: Passageiros


Sabe quando somos apresentados ao trailer de um filme e ele nos vende a história sendo uma coisa e quando assistimos é completamente outra. Então é mais ou menos isso que acontece no longa-metragem Passageiros, que traz as duas celebridades mais rentáveis do momento: Chris Pratt e Jennifer Lawrence.


Jim (Chris Pratt) e Aurora (Jennifer Lawrence) estão numa viagem no espaço, quando acabam sendo acordados em função do mal funcionamento de suas cabines. Apesar da nave estar com uma grande população, somente os dois acordam e isso faz com que eles se aproximem num relacionamento íntimo. Tudo estava indo bem até que a nave começa a apresentar problemas de funcionamento e os dois serão responsáveis por tentar salvar todos que ali estão.


O roteiro desenvolvido por Jon Spaihts, o mesmo responsável pelo roteiro de Doutor Estranho, necessita que o espectador compre a ideia do filme e embarque nela, porque mesmo tendo uma produção visualmente belíssima, a trama geral que permeia o longa é bastante simples e previsível.


Talvez um dos maiores erros do filme seja o trailer divulgado pela Sony, porque quando assistimos o filme realmente estávamos esperando um suspense de ficção, mas o que encontramos é um romance de ficção. Não que isso seja ruim, porém quem não gosta do gênero certamente vai olhar com outros olhos o filme.


A direção de Morten Tyldum, do elogiado O Jogo da Imitação, conseguiu fazer um produto muito bem interessante. Mesclando uma boa ficção em meio a uma história de amor, o diretor conseguiu nos entregar um produto realmente eficaz e que o público realmente procura.


A parte técnica do filme é de um elogio só, desde a direção de arte, passando pelos figurinos e fotografia, porém quem consegue roubar a atenção são os protagonistas interpretados por Lawrence e Pratt. Os dois tem uma química única e que já podíamos prever um pouco pelas coletivas de imprensa e também pelo trailer, porém quando eles estão em cena, é combustão pura. Quem também se sai bem em cena é o ator Michael Sheen, na pele de um androide, que cativa o público de cara.


Passageiros é um filme esteticamente belíssimo, com uma composição bastante ousada e talvez seja um dos primeiros me ame ou me odeie desse ano. Não vá esperando encontrar uma obra-prima mas vá pensando que você vai ter as duas horas de um entretenimento puro.


Nota: 8.5/10

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