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Críticas

Crítica: Dominação


É incrível como filmes envolvendo possessão chegam aos montes em nossas salas de cinema, seja na época do Halloween ou até mesmo fora dela. O problema é que investir nesse gênero é sempre um tiro no escuro, pois afinal temos a chance de cair na mesmice mesmo que o público lote as salas de cinema. É exatamente isso que encontramos em Dominação, filme que chegou na primeira semana do ano aqui no Brasil.


No filme Dr. Ember (Aaron Eckhart) é um homem que tem o poder de entrar no subconsciente de pessoas possuídas por espíritos maléficos e assim os expulsá-los do corpo dessas pessoas. Cameron (David Mazouz) é um garoto de 11 anos que está possuído por um demônio do passado do Dr. Ember e isso fará que sua missão dele seja ainda mais difícil na tentativa de salvar o garoto.

O roteiro desenvolvido por Ronnie Christensen consegue ser simples no seu objetivo mas bem amarrado, principalmente porque ele se sustenta nos clichês para desenvolver sua composição. Só que fica claro que o roteiro poderia ter ido muito mais, principalmente nas subtramas desenvolvidas que acabam nem sendo bem exploradas. Christensen escolheu a opção mais óbvia: focar somente no arco dramático entre Cameron e o Dr. Ember, na tentativa de salvá-lo da possessão.


Se o roteiro já abusa dos clichês, a direção de Brad Peyton (Terremoto: A Falha de San Andreas) mergulha fundo nos clichês para desenvolver, mas ele não opta pelos jump scares um atrás do outro, só para assustar a platéia. Ele tenta criar toda uma história que possa causar medo na platéia, mesmo que isso seja só possível graças a uma eficiente trilha sonora, porque do contrário séria muito risível as tentativas de dar medo.


Os dois atores que merecem o destaque é o jovem David Mazouz, que vive o garoto possuído, consegue entregar muito bem as nuances de interpretação porém a falta de carisma do jovem ator faz com que o público não sinta aquela vontade de torcer pela sua salvação e o outro ator é o veterano Aaron Eckhart, que consegue levar bem o seu personagem mesmo sem fazer quase nenhum esforço para desenvolver.


Dominação abusa de todos os clichês cinematográficos para compor a sua história, por isso quando acaba ficamos com a sensação que realmente já havíamos visto essa história em algum outro longa. Apesar da curta duração, por diversos momentos a trama soa como arrastada e você fique torcendo que a sessão acaba o quanto antes.

Nota: 5.5/10

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